Bolsonaro vem aí.
Podemos crer, que certamente milhões de brasileiros, não conheciam Jair Bolsonaro e até então não tinhamos conhecimento de sua atuação como parlamentar já há tantos anos.
Passamos a acompanhá-lo a partir do momento em que passou a cair no gosto do povo, pelo combate que travou com o PT, que quer tomar conta do país novamente, mesmo depois da roubalheira e da corrupção que institucionalizou no país, num nível como nunca tinha sido visto.
Lula, mesmo condenado e preso em Curitiba, ainda acreditava que ia comandar o país, por meio de um preposto, ou “poste”, como queiram, sonho que, já admite, desmoronou com a rejeição ao petismo.
O deputado Jair Bolsonaro, que pode se eleger presidente no próximo domingo, está ciente do que o espera e do que é necessário para dar uma guinada neste país. Bolsonaro chamou para comandar a área econômica de seu governo o economista Paulo Guedes, cuja competência é reconhecida pela elite econômica nacional.
Bolsonaro e Guedes já têm esboços do planos para combater o desemprego que assola o país, atingindo perto de 15 milhões de pessoas. Sabe que terá que dialogar, e muito, com o Congresso para implantar as reformas tão necessárias à retomada do desenvolvimento. Sabe também que essa não será uma tarefa fácil.
Refrescando a memória de muitos, quando Lula foi eleito, o mercado se assustou, mas logo percebeu que não era o monstro que imaginava e ainda tinha José Alencar, seu vice e avalista, como agente facilitador do diálogo.
Bolsonaro sabe que se transformou na esperança de milhões de brasileiros e não deve incorrer nos mesmos erros de Lula. Vai enfrentar um país aparentemente dividido sabendo que, adotando as medidas que a população cobra, receberá o apoio indispensável para avançar.
No primeiro ano na cadeira presidencial, vai precisar mostrar a que veio. Ninguém chega à Presidência, cargo tão cobiçado mesmo com monstruosos problemas, se não tiver competência e vontade política. Já demonstrou competência para chegar. Agora, deve mostrar que tem para governar. Esta, aliás, é a grande dúvida de muitos.
Quem vencer, e até aqui tudo indica que será Bolsonaro, governará? Esta não é uma pergunta sem sentido. É uma questão real, que preocupa os sensatos. Estamos saindo de uma eleição radicalizada não apenas entre os candidatos, mas, principalmente, entre seus apoiadores. Os grupos, e aí destaca-se o de líder nas pesquisas, acham que mudanças, em democracias, são feitas no grito, nas ameaças de prender e arrebentar. Que os neófitos que chegam agora pensem assim é até compreensível. Na verdade, o que assusta é ver velhas e nada respeitáveis figuras da política, na ânsia de aderir, assumirem discursos radicais para agradar ao rei que está chegando. Bolsonaro e Haddad, o primeiro em especial por estar com “mão e meia na faixa”, precisam começar, imediatamente, a conter seus radicais, mais ainda os radicais de ocasião, lembrando-lhes a sabedoria da natureza, que deu ao homem duas orelhas e uma boca. Para ouvir mais e conversar menos.
Por Marco Aurelio
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