Facebook vazou dados de quase 500 mil de brasileiros
Mais de 443 mil brasileiros também tiveram dados do Facebook vazados.
O Facebook publicou na quarta-feira (5) as informações atualizadas sobre o vazamento ocorrido em 2014. O novo número é bem maior do que os 50 milhões divulgados inicialmente. De acordo com o comunicado, foram afetadas 87 milhões pessoas de 10 nacionalidades. Desse total, mais de 443 mil brasileiros.
Esses números, porém, podem ser ainda maiores. O Facebook disse que não sabe precisamente o tamanho do vazamento e que essa é a melhor estimativa da empresa. Essa informação passa quase despercebida no comunicado por estar no rodapé de um gráfico e em cinza claro.
Os usuários dos EUA são a grande maioria. Eles correspondem a 81,6% do total, com 70,6 milhões de usuários afetados. Em seguida, estão Filipinas (1,4%) e Indonésia (1,3%). O Reino Unido, que estava no foco das notícias por ser o local da sede da Cambridge Analytica, ficou em quarto lugar na lista com 1,08 milhão (1,2%). O Brasil ocupa a oitava posição com 0,5% do total.
Quando o escândalo foi noticiado pela imprensa internacional, em 17 de março, sabia-se só que os usuários dos EUA e do Reino Unido tiveram os dados coletados pela Cambridge Analytica. A suspeita é que as informações foram usadas de forma irregular na campanha presidencial de Donald Trump e no plebiscito do Brexit, ambos em 2016.
Reações ao escândalo
Mark Zuckerberg, irá ao Congresso dos EUA depor sobe o ocorrido em 11 de abril. O Parlamento Europeu também solicitou a presença do presidente do Facebook, mas contará apenas com uma equipe de especialistas da rede social à disposição das autoridades.
Depois da atualização do número de pessoas atingidas pelo vazamento de dados, a Austrália anunciou que abrirá uma investigação. O país teve mais de 344 mil usuários afetados.
O Ministério Público do Distrito Federal já instaurou inquérito para investigar a rede social. Está sendo apurado se a Cambridge Analytica também usou ilegalmente os dados de brasileiros para influenciar na política.
Fonte:R7