Os tipos mais comuns de amiloidose cardíaco são os tipos AL (por cadeias leves) e o tipo ATTR1. Já temos um tratamento para Amiloidose Cardíaca ATTR que mostrou benefício nesse perfil de paciente2. Está aberta uma consulta pública para discutir a inclusão desse tratamento no SUS! Caso você tenha interesse em participar, entre no site Participa + Brasil.
PP-UNP-BRA-4235
Fevereiro de 2024
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Médico cardiologista formado pelo Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da USP. É editor e fundador do site de ensino CardioPapers. Atua como cardiologista no Hospital Dr. Miguel Soeiro – Sorocaba/SP. Secretário da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) regional Sorocaba.
Referências bibliográficas:
1- Simões MV, et al. Posicionamento sobre Diagnóstico e Tratamento da Amiloidose Cardíaca – 2021. Arq Bras Cardiol. 2021; 117(3):561-598
2- Maurer MS, Schwartz JH, Gundapaneni B, et al. Tratamento com Tafamidis para pacientes com cardiomiopatia amilóide transtirretina. N Engl J Med 2018;379:1007-16
O Brasil tem, ativos, 575.930 médicos, atualmente. Segundo a Demografia Médica CFM – 2024, divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), esta semana, o contingente nunca esteve tão alto. Para ter ideia, a proporção de médicos para cada mil habitantes chegou a 2,81 – uma das maiores do mundo, superior a países como Estados Unidos, Japão e China.
Apesar de demonstrar uma democratização do ensino da medicina, o crescimento acelerado coloca em xeque a formação dos profissionais e a qualidade da assistência prestada aos pacientes.
A que custo?
“Observamos a criação indiscriminada de escolas médicas no país sem critérios técnicos mínimos, o que afeta a qualidade do preparo dos futuros profissionais da medicina. Outra questão a ser observada é que o aumento do número de médicos deve implicar também em melhores condições de trabalho e de estímulo para que a assistência ocorra da forma adequada. A procura do atendimento, em especial na rede pública, não é uma questão apenas matemática, mas de planejamento e boa gestão”, afirma o presidente do CFM, José Hiran Gallo.
Atualmente, há 389 escolas médicas espalhadas pelo país, a segunda maior quantidade do mundo – só fica atrás da Índia, nação que tem uma população mais de seis vezes maior. Desde 1990, o número de faculdades de medicina no Brasil foi quase quintuplicado, passando de 78 para o cenário do momento. Somente nos últimos dez anos, foram colocados em funcionamento 190 estabelecimentos de ensino médico, número igual ao de escolas abertas ao longo de dois séculos.
Demografia
Segundo o documento, as regiões com maior número de profissionais recém-formados são São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com mais de 307 mil médicos habilitados ao exercício da medicina. Enquanto Amapá, Roraima e Acre foram os que concentraram o menor número de ativos.
Como destaca Gallo, o estudo demonstra que o aumento no número de médicos não foi investigado em uma distribuição igualitária pelo país.
Perfis
Desde o início dos anos 1990, um número de médicos mais que quadruplicou, passando de 131.278 profissionais para o número atual, registrado em janeiro deste ano, representando um aumento de 339%.
Em relação à idade e gênero, o maior volume está concentrado entre as mulheres abaixo dos 29 anos, precedidas novamente pelas mulheres, desta vez na faixa dos 30 e 39 anos. Em seguida, estão os médicos homens com 70 anos ou mais. Mesmo que os números demonstrem leve disparidade, uma porcentagem de médicos homens e mulheres está na média de 50%.
Veja este e outros dados clicando no link do estudo do Conselho Federal de Medicina.
* Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya
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Roberta Santiago é jornalista desde 2010 e estudante de Nutrição. Com mais de uma década de experiência na área digital, é especialista em gestão de conteúdo e contribui para o Portal trazendo novidades da área da Saúde.
Segundo a Resolução 2.330/2023 do CFMsão reconhecidas no Brasil 55 especialidades da Medicina e 61 áreas de atuação.
Nesta resolução passou-se a considerar a Auditoria Médica e a Ultrassonografia Geral como novos campos de atividade médica, além de mudanças na área de atuação em Endoscopia Respiratória, estendendo-se para aqueles que possuam título em Pediatria com certificado de atuação em Pneumologia Pediátrica.
Com tantas alternativas, pode ser difícil escolher em que se especializar e atuar, não é mesmo? Para ajudar a esclarecer essas dúvidas, veja abaixo quais são as especialidades, o que cada uma delas faz e quais são os pré-requisitos para que atuem nelas.
Leia também: Mentoria em residência médica e sua importância prática
Especialidades médicas reconhecidas pelo CFM
O CFM tem como responsabilidade fiscalizar e normatizar a prática médica no país. Por este motivo, é ele quem determina quais são as áreas da Medicina em que os médicos podem atuar, segundo as suas especialidades, devidamente reconhecidas.
As especialidades são:
Acupuntura: ramo que estuda as técnicas milenares da Medicina chinesa, baseadas no uso de agulhas para solicitar pontos específicos do corpo para ruptura da dor;
Alergia e Imunologia: área da Medicina focada no diagnóstico e tratamento de doenças alérgicas;
Anestesiologia: especialidade responsável pelo intervalo ou supressão da dor e/ou manutenção das condições específicas do paciente durante cirurgias;
Angiologia: área que se dedica ao tratamento clínico de doenças que afetam vasos sanguíneos e vasos linfáticos;
Cardiologia: especialidade que trabalha no diagnóstico e tratamento de doenças do coração e sistema circulatório;
Cirurgia cardiovascular: responsável pelo tratamento cirúrgico de doenças do coração, como cardiopatias congênitas e doenças valvares em geral, além de outros problemas;
Cirurgia da mão: especialidade em que se reconstrói lesões ósseas, ósseas, musculares, ligamentares e/ou tendinosas da mão;
Cirurgia da cabeça e do pescoço: especialidade cirúrgica que trata de tumores, sejam eles benignos ou não, além de outras doenças congênitas da cabeça, área da face, cervical e pescoço;
Cirurgia do aparelho digestivo: se dedica ao tratamento cirúrgico das doenças que afetam os órgãos do aparelho digestivo de modo geral;
Cirurgia Geral: especialidade que reúne as modalidades de cirurgia abdominal, videolaparoscopia e trauma;
Cirurgia oncológica: destinada à retirada cirúrgica de tumores cancerígenos;
Cirurgia pediátrica: promove intervenções cirúrgicas em crianças e adolescentes;
Cirurgia plástica: se dedica a cirurgia de parte do corpo em razão de doenças congênitas, acidentes ou ainda questões estéticas;
Cirurgia torácica: especialidade que trata das doenças da difusão e do tórax por meio de intervenção cirúrgica;
Cirurgia vascular: tratamento cirúrgico de doenças que acometem vasos, artérias e veias;
Clínica médica: o especialista que se dedica à área se ocupa do tratamento clínico de doenças em pacientes adultos;
Coloproctologia: especialidade que se dedica ao tratamento de doenças do intestino grosso, reto e ânus;
Dermatologia: área da Medicina dedicada ao cuidado e prevenção de doenças que atingem a pele;
Endocrinologia e metabologia: especialidade é dedicada ao funcionamento das glândulas e trata doenças relacionadas a distúrbios hormonais ou metabolização;
Endoscopia: promove o diagnóstico de doenças do aparelho gastrointestinal mediante solicitação de imagens;
Gastroenterologia: responsável pelo diagnóstico e tratamento de doenças do sistema digestivo;
Genética médica: promove diagnóstico e tratamento de pacientes mediante avaliação genética do paciente e seus familiares;
Geriatria: responsável pelo estudo e tratamento de doenças e condições relacionadas ao envelhecimento;
Ginecologia e obstetrícia: responsável por cuidar da saúde e do sistema reprodutor da mulher;
Hematologia e hemoterapia: investiga, detecta e trata distúrbios do sangue, além de se responsabilizar por procedimentos relacionados à transfusão sanguínea;
Homeopatia: estudo de formas alternativas de cura baseadas na diluição e dinamização da mesma substância que causa a enfermidade;
Infectologia: estudo de doenças provocadas por patógenos como bactérias, vírus, fungos, protozoários, príons e zoonoses.
Mastologia: especialidade dedicada ao cuidado da saúde das mamas de modo geral e doenças relacionadas, que vão desde mastite até tumores;
Medicina de emergência: focada no atendimento precoce do paciente com objetivo de tratar doença ou lesão aguda provocada por situação imprevista de qualquer natureza;
Medicina da família e comunidade: está relacionada à atenção integral, saúde e reinserção do paciente na família e na comunidade;
Medicina do trabalho: lida com a relação entre o indivíduo e seu trabalho, assim como com seu bem-estar durante a atividade laboral e prevenção de acidentes;
Medicina de trânsito: o especialista da área tem foco no cuidado e bem-estar físico, psíquico e social do indivíduo que realiza deslocamentos, independente do meio utilizado;
Medicina esportiva: estudo a influência da prática da atividade física, treinamento e esporte na prevenção, tratamento e reabilitação de pessoas;
Medicina física e reabilitação: cuida da prevenção e tratamento de problemas relacionados a traumas ou doenças que tornem o paciente incapacitado de maneira transitória ou permanente;
Medicina intensiva: especialidade com foco no suporte à vida e cuidados intensivos de pacientes em estado crítico;
Medicina legal e perícia médica: destinada a atender os interesses da justiça em situações de elucidação de fatos, com base em conhecimentos técnico-científicos da área da saúde;
Medicina nuclear: faz uso de substâncias radioativas para diagnosticar e tratar patologias, além de permitir a detecção de anomalias dos órgãos;
Medicina preventiva e social: tem foco na prevenção de doenças, por meio da identificação precoce de patologias e estudos epidemiológicos das mesmas;
Nefrologia: destinado ao diagnóstico e tratamento clínico de doenças do aparelho urinário, em especial dos enxaguatórios;
Neurocirurgia: o especialista da área se dedica ao tratamento de adultos e crianças, com foco em doenças que afetam os sistemas nervosos central e periférico;
Neurologia: se dedica ao tratamento clínico de doenças dos sistemas nervosos centrais, periféricos e independentes;
Nutrologia: estuda os benefícios e malefícios relacionados à ingestão, ou deficiência, de nutrientes;
Oftalmologia: especialidade dedicada ao cuidado dos aspectos da saúde dos olhos;
Oncologia clínica: especialidade com foco no diagnóstico e tratamento clínico de neoplasias e tumores;
Ortopedia e traumatologia: destinada ao diagnóstico e tratamento de doenças que atinjam o sistema musculoesquelético;
Otorrinolaringologia: área da Medicina que se dedica ao cuidado das doenças relacionadas ao ouvido, nariz, laringe, faringe, cabeça e pescoço.
Patologia: designada a determinar quais as causas da doença
Patologia clínica/medicina laboratorial: promove diagnóstico, tratamento e monitoramento de patologias por meio de análise de exames clínico-laboratoriais;
Pediatria: área em que o especialista se dedica ao cuidado da saúde de crianças, pré-adolescentes e adolescentes;
Pneumologia: especialidade específica ao cuidado com doenças que afetam as vias respiratórias, brônquios e pulmonares;
Psiquiatria: área da Medicina destinada à prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação de pessoas com distúrbios e transtornos mentais;
Radiologia e diagnóstico por imagem: responsável por investigar doenças por meio do uso de Raio-X, ultrassonografia, ressonância magnética e outros exames de imagem;
Radioterapia: especialidade em que o profissional se dedica ao tratamento do paciente por meio do uso de radiação ionizante, focado principalmente na melhoria da qualidade de vida e cura do paciente oncológico.
Reumatologia: área em que o médico especialista se ocupa do cuidado com doenças que atingem os tecidos conjuntivos, tendões, ligamentos, articulações e ossos;
Urologia: área em que o especialista se ocupa do diagnóstico e tratamento de doenças relacionadas ao aparelho urinário, feminino e masculino, e sistema reprodutor masculino.
Leia também: Como criar para meu paciente?
Quer ser especialista? Veja o que é necessário
O primeiro passo é escolher uma especialidade da Medicina a seguir com cuidado, avaliando todos os campos que cercam a rotina da área médica desejada, como carreira, salário, plantões e horário de trabalho. Com a escolha feita, existem duas formas possíveis de se tornar especialista:
Curso Programa de Residência Médica, credenciado pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM);
Cursar Pós-Graduação Médica e prestar prova de título da Associação Médica Brasileira (AMB) ou respectiva Associação Brasileira daquela especialidade.
Além disso, existem como especialidades de acesso direto (R1), e as especialidades que desativar, como pré-requisito, uma formação anterior em outra especialidade(R3). Portanto, para atuar em alguma área da Medicina, é necessário possuir título de especialista, já que as áreas de atuação são subespecialidades.
Para se inscrever na prova de título de especialista, o médico deve conhecer integralmente os requisitos exigidos pela associação/sociedade médica que representa a especialidade de que lhe interessa.
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica do Portal Afya
O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é uma condição frequente de saúde mental entre os jovens, apresentando uma taxa de ocorrência de aproximadamente 5,3%. Os indivíduos jovens divulgados com TDAH têm maior tendência a enfrentar problemas futuros relacionados à tomada de decisões arriscadas, como o uso indevido de drogas, acidentes de trânsito, práticas sexuais sem proteção, atitudes delituosas e tentativas de autoextermínio. Embora o tratamento primário seja baseado em medicamentos estimulantes outras abordagens terapêuticas têm sido exploradas como o treinamento cognitivo neurofeedback, neuromodulação e estratégias alimentares e nutricionais. O artigo Tratamentos para TDAH em crianças e adolescentes: uma revisão sistemática publicado não Pediatria fornece uma visão geral das opções de tratamento disponíveis.
Metodologia
A revisão conta com a colaboração de diversos órgãos, incluindo a Agência para Pesquisa e Qualidade em Saúde (AHRQ) e a Academia Americana de Pediatria (AAP), além de contribuições públicas e de um painel de especialistas técnicos (TEP). O objetivo era avaliar tratamentos para TDAH em crianças e adolescentes com menos de 18 anos, comparando-os com diferentes grupos de controle e focando em estágios de saúde e psicossociais. Os estudos elegíveis incluíram ensaios clínicos planejados (ECRs) para medicamentos e outros desenhos de pesquisa para tratamentos não farmacológicos, com a exigência de terem pelo menos 100 participantes ou um cálculo de poder.
A revisão, registrada no PROSPERO e seguindo as metodologias do Programa de Centro de Prática Baseada em Evidências da AHRQ, foi realizada em inglês e incluída pesquisas publicadas a partir de 1980. As bases de dados pesquisadas foram PubMed, Embase, PsycINFO, ERIC e ClinicalTrials .gov.
Resultados
Foram incluídos 312 estudos relatados em 540 publicações. Os pesquisadores constataram evidências que enriqueceram o entendimento sobre os tratamentos do TDAH. Uma quantidade específica de terapias foi avaliada em estudos bem estruturados, fornecendo informações sobre os efeitos desses tratamentos em crianças e adolescentes com TDAH.
As evidências indicam que diversas categorias de intervenção apresentam melhorias significativas na severidade dos sintomas, incluindo efeitos amplos, porém variáveis, para as anfetaminas, efeitos moderados para o metilfenidato, inibidores de recaptação de noradrenalina (NRIs) e alfa-agonistas, além de efeitos modestos para tratamentos psicossociais voltados para jovens, suporte parental, neurofeedback e disciplinas nutricionais ou com suplementos. Intervenções cognitivas e escolares não apresentaram melhorias significativas nos sintomas do TDAH. O nível de evidência para os impactos foi alto para medicamentos aprovados pela FDA, como metilfenidato, anfetaminas, NRIs e alfa-agonistas; moderado para disciplinas psicossociais; e baixo para suporte aos pais, neurofeedback e abordagens nutricionais. A combinação de guanfacina com medicação estimulante em uma melhoria adicional, pequena, mas significativa, nos sintomas do TDAH em comparação com o uso isolado de medicamentos estimulantes (nível de evidência moderada).
O estudo descreve que há evidências limitadas de estudos comparando tratamentos alternativos diretamente e análises indiretas identificaram algumas diferenças sistemáticas entre estimulantes e não estimulantes. Por fim, a combinação exclusiva de medicamentos com disciplinas psicossociais dirigidas aos jovens não produziu sistematicamente os melhores resultados do que a monoterapia, embora alguns resultados tenham sido avaliados.
Conclusão
A revisão fornece evidências de que existe uma ampla gama de tratamentos disponíveis e benéficos para o TDAH. Entre eles estão os medicamentos estimulantes e não estimulantes abordagens psicossociais externas para os jovens suporte parental neurofeedback e estratégias nutricionais, apesar das disciplinas não farmacológicas apresentam efeitos significativamente mais fracos sobre os sintomas quando comparados aos medicamentos.
Comentários
O artigo apresenta uma revisão abrangente dos tratamentos disponíveis para o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) em crianças e adolescentes. Destaca-se uma diversidade de opções terapêuticas, incluindo medicamentos estimulantes e não estimulantes, intervenções psicossociais, apoio aos pais, neurofeedback e abordagens nutricionais. Embora os medicamentos mostrem eficácia mais robusta na redução dos sintomas do TDAH, as intervenções não medicamentosas oferecem alternativas importantes, especialmente considerando os efeitos adversos associados ao uso de medicamentos. O artigo ressalta a importância de uma abordagem individualizada no tratamento do TDAH, proporcionando aos pacientes, familiares e profissionais de saúde uma gama de opções para um manejo eficaz da condição.
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Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Valença ⦁ Residência médica em Pediatria pelo Hospital Federal Cardoso Fontes ⦁ Residência médica em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. Mestra em Saúde Materno-Infantil (UFF) ⦁ Doutora em Medicina (UERJ) ⦁ Aperfeiçoamento em neurointensivismo (IDOR) ⦁ Médica da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) da UERJ ⦁ Professora adjunta de pediatria do curso de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques ⦁ Membro da Rede Brasileira de Pesquisa em Pediatria do IDOR no Rio de Janeiro ⦁ Acompanhado como UTI Pediátrica e Cardíaca do Hospital for Sick Children (Sick Kids) em Toronto, Canadá, supervisionado pelo Dr. Peter Cox ⦁ Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) ⦁ Membro do comitê de sedação, analgesia e delirium da AMIB e da Sociedade Latino-Americana de Cuidados Intensivos Pediátricos (SLACIP) ⦁ Membro da diretoria da American Delirium Society (ADS) ⦁ Coordenadora e cofundadora do Latin American Delirium Special Interest Group (LADIG) ⦁ Membro de apoio da Society for Pediatric Sedation (SPS) ⦁ Consultora de sono infantil e de amamentação ⦁ Instagram: @draroberta_pediatra
Referências bibliográficas:
PETERSON, Bradley e outros.Tratamentos para TDAH em CriançaseAdolescentes: A Sistemático Análise. Pediatria., v.153, n.4, e2024065787, 2024
“Saúde como vetor de desenvolvimento: estratégias para o Complexo Econômico-Industrial da Saúde e desafios contemporâneos para a pesquisa em saúde” foi o tema do encontro realizado, na semana passada, pelo Ministério da Saúde em cooperação com a pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Nísia Trindade reforçou a importância da união interministerial, que reuniu representantes do governo, da comunidade científica, da indústria, dos movimentos sociais e profissionais da saúde, para um entre a saúde e a inovação representa uma aliança pela ciência, já que abre o diálogo sobre os desafios da pesquisa .
“Trata-se de um projeto de país que precisa da ciência e tecnologia para ter autonomia no campo da produção, do desenvolvimento científico e da inovação em saúde. Então, somos parte desse projeto também”, reiterou o ministro da Saúde.
Valorização
O secretário daCiência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics) destacou o papel da iniciativa como um símbolo do retorno à valorização da ciência na pasta da Saúde, que teve investimento recorde no ano passado.
“Essa ciência, tecnologia e inovação devem servir a um projeto de país que seja justo e sustentável. Isto dialoga completamente com a área de saúde. Não há justiça ou sustentabilidade sem uma saúde forte”, enfatizou Carlos Gadelha.
Leia ainda:Ministério da Saúde lança cursos sobre vigilância epidemiológica
O evento – que representa o início das discussões para a organização da 3ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (CNCTIS), prevista para 2025 – apresentou quatro palestras com assuntos importantes para a discussão atual no setor:
Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS);
A saúde pública e global;
As doenças e populações superadas;
Novas terapias que se baseiam em tecnologias inovadoras.
O evento também contou com a participação de representantes do Conselho Nacional de Saúde (CNS), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), da Universidade Federal. da Bahia (UFBA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi), dentre outros.
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Roberta Santiago é jornalista desde 2010 e estudante de Nutrição. Com mais de uma década de experiência na área digital, é especialista em gestão de conteúdo e contribui para o Portal trazendo novidades da área da Saúde.
No tratamento das espondiloartrites (SpA), os biológicos assumem um papel importante na atualidade, em especial anti-TNF, anti-IL-17, inibidores da JAK, anti-IL12/23 e anti-IL23 (esses últimos particularmente na artrite psoriásica) . O impacto na resposta vacinal dos anti-TNF já foi desenvolvido em estudos prévios com vacinas antipneumocócica e anti-influenza.
No entanto, os dados a respeito desse impacto com o uso anti-IL17 são limitados. Estudos anteriores demonstraram que uma dose de secuquinumabe não influenciou a imunogenicidade das vacinas contra meningococo e influenza, e que o ixequizumabe não impactou qualidades na resposta às vacinas contra o tétano e a doença pneumocócica. Além disso, pequenos estudos não identificaram uma pior resposta humoral à vacina contra influenza com o uso de secuquinumabe.
Nessa linha, Eviatar e outros. Liderei um estudo cujo objetivo foi comparar a resposta humoral à vacina da covid-19 (mRNA BNT162b2) em pacientes com espondiloartrite (SpA) em uso de anti-IL17 e anti-TNF vs.
Métodos
Trata-se de uma análise de prova de conceito derivada de um estudo prospectivo de 3 centros israelenses, prazo entre dezembro/2020 e julho/2022.
Foram incluídos pacientes com espondiloartrite (axial — critérios ASAS — e artrite psoriásica — critérios CASPAR) ≥ 18 anos de idade que foram tratados com anti-TNF ou secuquinumabe por no mínimo 3 meses. O grupo de controle foi derivado da população geral, majoritariamente profissionais de saúde; para avaliar a contribuição da desregulação imune na resposta vacinal, foi incluído um grupo controle com AR + anti-TNF. Os critérios de exclusão foram gestação, histórico de alergia à vacina, infecção prévia por covid-19; no grupo controle, pacientes com doenças reumáticas imunomediadas ou uso prévio de imunossupressores foram excluídos.
A resposta humoral foi comprovada através da medida seriada de IgG contra a glicoproteína S1/S2 do SARS-CoV-2 nas semanas 2 e 6 e 6 meses após a segunda dose e nas semanas 2 e 6 após a terceira dose da vacina. Com relação à segurança, os pacientes foram contatados via telefone entre 2 e 6 semanas após a segunda e terceira doses. A atividade de doença foi avaliada entre 2 e 6 semanas após a segunda dose em todos os pacientes e entre 2 e 6 semanas após a terceira dose para um subgrupo de pacientes.
Caso o paciente apresentasse sintomas de covid-19, eles foram instruídos a entrar em contato com o centro para realização de pesquisa de SARS-CoV-2 através de antígeno ou PCR.
Leia também: Exercício x Medicamentos: qual é a melhor opção para osteoartrite?
Resultados
Foram incluídos 37 pacientes tratados com secuquinumabe (3 associados com MTX) e 125 tratados com anti-TNF (16 associados com MTX, sendo 42 com adalimumabe, 36 com etanercepte, 25 com infliximabe, 20 com golimumabe e 3 com certolizumabe pegol; 1 deles estava em uso de corticoide).
O grupo de controle consistiu de 122 indivíduos imunocompetentes e 50 pacientes com AR em uso de anti-TNF (9 adalimumabe, 21 etanercepte, 8 infliximabe, 7 golimumabe e 5 certolizumabe pegol).
Após 2 doses, todos os grupos apresentaram respostas humorais semelhantes. No entanto, os títulos de anticorpos foram maiores no grupo do secuquinumabe, quando comparados com os grupos SpA com anti-TNF + MTX e AR anti-TNF. Após 6 meses, as taxas de soropositividade em cada um dos grupos foram: 96,3% secuquinumabe, 96,6% nos imunocompetentes, 80,9% SpA anti-TNF em monoterapia, 66,7% SpA com anti-TNF + MTX , 63% AR + anti-TNF. As diferenças estatisticamente significativas ocorreram entre o secuquinumabe vs. SpA anti-TNF + MTX (p=0,03) e secuquinumabe vs. AR + anti-TNF (p=0,004). Além da queda nos títulos de anticorpos foi maior nos grupos anti-TNF, quando comparado com o secuquinumabe.
Após a terceira dose, 100% dos pacientes com SpA e controles imunocompetentes e 88,9% dos pacientes com AR + soroconverteram anti-TNF (p=0,25).
As taxas de infecção por covid-19 foram maiores nos pacientes com anti-TNF do que nos com secuquinumabe (36-37,5% vs. 10,8%).
Saiba mais: Artrite reumatóide: risco de infecções osteoarticulares graves após bacteremia
Comentários
Apesar das limitações relacionadas ao tamanho amostral, o desenho do estudo e a ausência de avaliação de algumas parâmetros importantes (como caminhos geométricos médios), esse estudo sugere que o secuquinumabe parece ter pouca influência na resposta vacinal, permitindo bons resultados com 3 doses da vacina da covid -19.
Sendo assim, nossos autores concluíram que o secuquinumabe não interfere na imunogenicidade da vacina BNT162b2 em pacientes com espondiloartrite. No entanto, a terapia anti-TNF esteve associada a menores níveis de anticorpos contra S1/S2, declínio mais rápido e maiores taxas de incidentes de infecção.
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Editor-chefe da Clínica Médica da PEBMED/Whitebook • Professor de Reumatologia da Universidade Federal de Juiz de Fora • Chefe do serviço de Clínica Médica do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora • Membro da Comissão de Síndrome Antifosfolípide e da Comissão de Vasculites da Sociedade Brasileira de Reumatologia
Referências bibliográficas:
Eviatar T, Furer V, Polachek A, et al. Efeito do secuquinumabe e dos inibidores do fator de necrose tumoral na resposta humoral à vacina de mRNA BNT162b2 em pacientes com espondiloartrite em comparação com controles imunocompetentes. J Reumatol. 2024;51:415-22.
Embora novas subvariantes da variante Ômicron do SARS-CoV-2 pareçam causar doenças menos graves, elas são mais contagiosas do que as variantes anteriores. As taxas de transmissão persistentemente altas, aliadas às possíveis complicações fazem com que os médicos permaneçam atentos aos novos casos e atualizações sobre as recomendações de tratamento.
Idealmente, estudos publicados desde meados de 2022 deveriam fornecer resultados específicos para subvariantes do SARS-CoV-2, mas isso aconteceu raramente. A maioria dos estudos foram iniciados nos primórdios da pandemia e incluíram pacientes com as variantes iniciais, ou incluíram pacientes ao longo de vários anos, mas não especificaram os resultados estratificados por variantes da covid -19.
Embora a maioria dos pacientes recentemente vacinados não apresente sintomas ou apresente sintomas leves, é prudente adotar as recomendações de tratamento à gravidade da doença. Os estudos incluídos nessa diretriz abordam pacientes adultos, relatórios com covid -19, com acompanhamento mínimo de sete dias.
Leia também: Quais são as novidades na abordagem da trombose venosa cerebral?
Imagem de Freepik
Terapia antitrombótica em pacientes não hospitalizados
Na grande maioria dos pacientes com covid-19 e sintomas leves a moderados, a incidência de tromboembolismo, hospitalização ou óbito parece ser tão baixo que não é necessária nenhuma terapia antitrombótica, a menos que seja indicada por outras doenças preexistentes.
Recomendação
Qualidade da evidência
Descrição
Ausência de benefício
Moderado
Em pacientes não hospitalizados com covid-19 sintomática, o uso de antiagregantes plaquetários não alterou estágios de hospitalização, tromboembolismo venoso ou arterial, e mortalidade.
Ausência de benefício
Alta
Em pacientes não hospitalizados com covid-19 sintomática, o uso de DOACs não altera os estágios de hospitalização, tromboembolismo venoso ou arterial, e mortalidade.
Considerar (recomendação fraca)
Moderado
Em pacientes não hospitalizados com covid-19 e risco de progressão da doença, considere sulodexida oral dentro de 03 dias do início dos sintomas para reduzir risco de hospitalização.
Ausência de benefício
Moderado
Em pacientes não hospitalizados com sintomas de covid-19, a tromboprofilaxia com heparina de baixo peso molecular não impede risco de progressão da doença, hospitalização ou morte por qualquer causa
Terapia antitrombótica para pacientes internados não criticamente enfermos
O ensaio clínico randomizado ‘FREEDOM COVID’ comparou o efeito da dose terapêutica do DOAC apixabana com as doses terapêuticas e profiláticas de Heparina de Baixo Peso Molecular (HBPM). Os resultados foram semelhantes para apixabana e MRPA em dose terapêutica, ambos demonstrando redução da mortalidade em comparação com doses profiláticas. No entanto, os resultados contradisseram os de outro ensaio clínico randomizado menor (AntiCoagulaTlon cOroNavirus) com um DOAC diferente (rivaroxabana). Por esse motivo, a recomendação informa que isso “não está bem previsto”.
Recomendação
Qualidade da evidência
Descrição
Fazer (Recomendação forte) (Benefício> Risco)
Moderado
Doses profiláticas de HNF ou MRPA são preferíveis à terapia antitrombótica não farmacológica para prevenção de eventos tromboembólicos ou morte por qualquer causa. Considerar pacientes com risco elevado de sangramento.
Fazer (Recomendação forte) (Benefício> Risco)
Alta
Doses terapêuticas de HNF ou MRPA são preferíveis a doses profiláticas/intermediárias quando o estágio avaliado foi evento tromboembólico ou morte por qualquer causa. Não houve aumento de sangramento.
Ausência de benefício
Alta
Doses de HBPM ou HNF não são recomendadas para redução de mortalidade ou evento tromboembólico.
Prejuizo/Dano (Risco> Benefício)
Alta
Não acrescente antiagregantes plaquetários ao tratamento.
Considerar
Moderado
Apixabana em dose terapêutica pode ser considerada ao invés de heparinas.
Terapia antitrombótica para pacientes hospitalizados e enfermos críticos
Com as variantes atuais menos agressivas do SARS-CoV-2 e com o aumento da imunidade na população devido à vacinação e à exposição prévia à covid-19, o número de pacientes hospitalizados pela doença e que ocorrem de terapia suportiva em ambiente de UTI . Pessoas sem tal imunidade ainda estão suscetíveis a casos graves de covid-19 e ocasionais de tratamento em ambiente de terapia intensiva. Devido ao aumento na frequência e intensidade dos sangramentos observados com doses terapêuticas das heparinas em pacientes criticamente enfermos, podemos observar uma alteração da recomendação de tratamento nesse grupo em comparação com o visto no tópico anterior. Aqui, as doses profiláticas são preferíveis. Para pacientes que já estão em uso de agentes antiplaquetários com prescrição clara, a boa prática clínica sugere a continuidade da terapia antiplaquetária motivada por outras comorbidades.
Recomendação
Qualidade da evidência
Descrição
Ausência de benefício
Alta
Doses transmitidas das heparinas não são recomendadas frente a doses profiláticas para redução da mortalidade
Ausência de benefício
Alta
Doses terapêuticas de heparinas não são recomendadas frente a doses profiláticas ou profilaxias mecânicas.
Ausência de benefício
Alta
A adição de antiagregantes plaquetários a doses profiláticas de heparinas não é recomendada.
Terapia antitrombótica após alta
A taxa de eventos adversos após a alta está afetando e atualmente é tão baixa que, para a grande maioria dos pacientes, não há benefício na profilaxia pós-alta com anticoagulantes. Um pequeno subconjunto de pacientes com alto risco de tromboembolismo, com base no histórico de eventos tromboembólicos, avisos, elevação do D-dímero ou um escore elevado no modelo de avaliação de risco do ‘Registro Médico Internacional de Prevenção de Tromboembolismo Venoso’ (em inglês – Registro Médico de Prevenção do Modelo de Avaliação de Risco de Tromboembolismo Venoso) ainda deve ser considerada para profilaxia pós-alta com 10 mg de rivaroxabana diariamente.
Recomendação
Qualidade da evidência
Descrição
Ausência de benefício
Alta
Não se recomendam DOACs em doses profiláticas em pacientes de risco padrão para trombose após a alta
Considerar (recomendação fraca)
Moderado
Em pacientes com alto risco de trombose, considere fazer profilaxia com rivaroxabana 10 mg por 30 dias após a alta
Saiba mais: Vacinas que foram distribuídas de doses de reforço para idosos
Trombose causada pela vacinação contra covid-19
O caso suspeito de Trombose Induzida por Vacinação (TIV) é definido como alto nível de D-dímero e trombocitopenia (<150.000/μL) associado a trombose simultânea 5-30 dias após a vacinação com vacina baseada em vetor adenoviral para covid-19.
Um grande estudo observacional em pacientes com trombofilias apresentou não declarado aumento do risco de trombose durante 3 meses após o uso quase que exclusivo das vacinas de RNA mensageiro. Os estudos que avaliam a trombose causada pela vacinação são complexos e com número limitado de casos, ou que acabam por gerar vieses e limitar a qualidade da evidência.
Recomendação
Qualidade da evidência
Descrição
Ausência de benefício
Moderado
Não se deve fazer profilaxia antitrombótica medicamentosa ou antiagregantes plaquetários em pacientes ambulatoriais vacinados e com história prévia de trombofilia.
Fazer (Recomendação forte)
Moderado
Para diagnóstico de trombose associada à vacina, pesquise anticorpos IgG antifator plaquetário (FP) 4.
Ausência de benefício
Moderado
Para diagnóstico de trombose associada à vacina, não utilize outros métodos rápidos para diagnóstico de trombocitopenia causada por heparina (HIT)
Considerar (recomendação moderada)
Baixa
Pacientes com diagnóstico de trombose associado à vacina podem ser tratados com MRPA ou HNF na ausência de agentes anticoagulantes não relacionados à heparina
Considerar (recomendação baixa)
Baixa
O tratamento com imunoglobulina pode ser aventado em pacientes com trombose causada pela vacina.
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Autor
Médico pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) ⦁ Residência em Clínica Médica e Hematologia pela UFMG ⦁ Título de Especialista em Hematologia e Hemoterapia pela Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH) ⦁ Membro da equipe de Transplante de Medula Óssea do Hospital Monte Sinai – Juiz de Fora (MG)
Referências bibliográficas:
Schulman S, Arnold DM, Bradbury CA, et al. Atualização ISTH de 2023 das diretrizes ISTH de 2022 para tratamento antitrombótico em COVID-19.
J Tromb Haemost. Publicado on-line em 18 de março de 2024. DOI: 10.1016/j.jtha.2024.02.011
A depressão psicótica pode ocorrer tanto no transtorno depressivo maior quanto no transtorno bipolar. Evidências prévias sugerem consistentemente que o uso associado de antidepressivos e antipsicóticos é mais eficaz que o uso isolado de cada uma das medicações nesses quadros. No entanto, os estudos prévios não recomendam nenhuma medicação em específico.
Buscando preencher essa lacuna, Oliva e outros. conduzimos uma metanálise em rede para comparar e avaliar a eficácia e segurança dos tratamentos farmacológicos para depressão psicótica.
Método
Foram incluídos ensaios clínicos randomizados de eficácia e segurança de tratamentos medicamentosos para episódios depressivos maiores com sintomas psicóticos (diagnóstico de acordo com qualquer versão do RDoC, DSM ou CID) abrangendo participantes de qualquer idade. Estudos que avaliaram monoterapia ou tratamento combinado na fase aguda foram incluídos.
O estágio primário de eficácia foi a taxa de resposta e de segurança foi a aceitabilidade, avaliada a partir da frequência de abandono do tratamento.
Os estágios secundários foram: mudança média nas pontuações de depressão, frequência de remissão dos sintomas psicóticos, tolerabilidade (frequência de descontinuação por efeitos adversos) e frequência de eventos adversos.
Leia também: Transtornos mentais em doenças reumáticas autoimunes sistêmicas
Resultados
Foram incluídos 16 ensaios clínicos, abrangendo 1.161 participantes com depressão psicótica. A idade média dos participantes foi 50,5 anos (DP: 11,4). 516 participantes eram do gênero feminino (44,4%), 422 do gênero masculino (36,3%), não havia informação quanto ao gênero de 223 (19,2%). Dois estudos não foram incluídos na meta-análise da rede porque não avaliaram tratamentos semelhantes aos avaliados em outros estudos. A duração média dos estudos foi de 6 semanas. A metanálise em rede originou duas redes distintas, porque alguns medicamentos incluídos nos ensaios não eram comparáveis.
A primeira rede (k=5, n=352) abrangia 6 farmacoterapias específicas ou especificações de farmacoterapias (amitriptilina, amitriptilina mais perfenazina, amoxapina, fluoxetina mais olanzapina, olanzapina e perfenazina). Comparado com o placebo, somente olanzapina mais fluoxetina foi superior (RR: 1,91, IC 95% 1,27-2,85). Em comparações diretas de tratamentos ativos, uma proporção significativamente maior de participantes teve resposta à amitriptilina mais perfenazina (3,61 [1,23–10,56]) e amoxapina (3,14 [1,01–9,80]) do que à perfenazina, e à fluoxetina mais olanzapina em comparação com a olanzapina isoladamente (1,60 [1,09–2,34]).
A segunda rede (k=4, n=229) abrangeu cinco disciplinas diferentes: fluvoxamina, imipramina, mirtazapina, venlafaxina e venlafaxina mais quetiapina. Comparado com venlafaxina, venlafaxina mais quetiapina (2,25 [1,09-4,63]) e imipramina (1,95[101-379)foramassociadasaumamaiorrespostaaotratamento[101-379)foramassociadosaumamaiorrespostaaotratamento
Saiba mais: Efeito do exercício físico na depressão
Uma outra rede foi feita agrupando os tratamentos por mecanismo de ação (k=11, n=674) – antipsicóticos de primeira geração (FGAs), antipsicóticos de segunda geração (SGAs), antidepressivos noradrenérgicos e serotoninérgicos específicos (NaSSas), inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN), inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), antidepressivos tricíclicos (ADT), IRSN + SGAs, ISRS + SGAs, ADT + FGAs, ADT + placebo.
Comparado com placebo, somente a combinação entre ISRS + ASGs teve uma maior resposta ao tratamento (RR 1,89, IC 95% 1,17-3,04).
Não houve diferenças significativas na aceitabilidade. Nas comparações diretas foi observada uma frequência menor de abandono entre os participantes que usam ISRS + SGAs do que aqueles que tomam SGAs + placebo.
Limitações
Os ensaios clínicos incluídos tinham, no mínimo, 11 anos de publicação (publicados entre 1985-2013).
O pequeno número de ensaios clínicos e as amostras pequenas deles podem ter limitado o poder estatístico do estudo.
Apenas um estudo incluído possuía um baixo risco de visão e a qualidade da evidência era muito baixa.
A decisão de incluir pacientes com transtorno depressivo maior e transtorno bipolar é controversa.
O estudo focou em tratamentos farmacológicos por um curto período e excluiu outras abordagens terapêuticas potenciais, como a ECT.
Impacto na prática clínica
O trabalho reforça a recomendação da combinação entre antidepressivos e antipsicóticos no tratamento da depressão psicótica.
As análises sugerem que, em comparação com o placebo, a combinação entre inibidores seletivos de recaptação de serotonina + antipsicóticos de segunda geração é a melhor escolha. O estudo sugere que fluoxetina + olanzapina sejam priorizadas. Devemos lembrar que em outros países ocorre a migração da combinação de fluoxetina + olanzapina em um mesmo comprimido e que a existência de um maior número de estudos abordando essa combinação está ligada a este fato.
Entre as monoterapias, os antidepressivos tricíclicos possuem maior eficácia.
Alguns antipsicóticos, frequentemente usados no Brasil pela sua ampla disponibilidade, como haloperidol e risperidona, não aparecem isoladamente nas comparações.
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Autor
Médica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Residência em Psiquiatria pela Universidade de São Paulo (USP). Mestranda em Psicologia Social pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP). Psiquiatra Assistente do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP).
Referências bibliográficas:
Oliva V, Possidente C, De Prisco M, Fico G, Anmella G, Hidalgo-Mazzei D, Murru A, Fanelli G, Fabbri C, Fornaro M, de Bartolomeis A, Solmi M, Radua J, Vieta E, Serretti A. Farmacológico tratamentos para depressão psicótica: uma revisão sistemática e meta-análise de rede. Lanceta Psiquiatria. 2024 março;11(3):210-220.DOI: 10.1016/S2215-0366(24)00006-3
Atualmente está cada vez mais desafios se destacarem no meio médico e garantirem a confiança e adesão do paciente.Uma tecnologia de fácil acesso por meio das redes sociais permitiu que muitos pacientes procurassem seus médicos por lá.
AAo mesmo tempo em que há muitos profissionais e permite uma ampla difusão de informações no meio digital, o médico também enfrenta grandes obstáculos para tentar transmitir uma boa imagem ao público. Mediante tanta oferta de profissionais, como será possível criar algo adicional para o meu paciente?
Programa busca peças sociais para pacientes psiquiátricos que viveram isolados
Requisitos para criar a substituição
Em primeiro lugar, o médico deve sempre procurar se capacitar. Isso vai desde uma boa graduação até uma especialização de qualidade, seja por meio de residências médicas ou pós-graduações bem habilidades.
A seguir, você deve buscar aprimorar seus conhecimentos por meio de congressos, palestras e estudos baseados em evidências científicas, de modo a se manter atualizado, permitindo o melhor atendimento ao paciente.
Durante uma consulta, o médico deve adotar postura ética e procure uma abordagem transparente, evitando usar termos médicos muito específicos. Ao adotar uma linguagem clara, o paciente se sente mais confortável para tirar suas dúvidas e entender o que se passa com sua saúde.
Além disso, o exame físico é de fundamental importância na consulta, visto que uma das queixas mais frequentes dos pacientes é a falta de contato físico dos médicos. Um bom exame físico é requisito básico de uma consulta bem feita, contando como mais um ponto para garantir a confiança do paciente.
Leia também: Quando abrir um consultório médico?
Indicação de colegas da área e avaliações
Uma boa estratégia para garantir a proteção é o reconhecimento e indicação de outros colegas médicosseja atender em um mesmo local de trabalho, o que permite um “coworking” interessante, sendo apenas informando ao paciente que o outro colega médico é um bom profissional.
Avaliações de outros pacientes nas redes sociais também é um bom parâmetro que pode ajudar o paciente a escolher o melhor profissional, visto que nada mais justo do que entender o que outro paciente também pensa a respeito sobre o seu médico.
Mensagem do autor
Sendo assim, a relação médico-paciente é uma via de mão dupla. Ela deve ser pautada na transparência, clareza e confiança no conhecimento médico que está sendo transmitido, ao passo que permite que o paciente se sinta coletado e receba os melhores cuidados necessários para sua condição de saúde.
O que você gostaria de ler aqui sobre carreira? Responda nossa pesquisa
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Autor
Médica graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Residência de Endocrinologia e Metabologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) Residência de Clínica Médica pelo Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE)
No século XXI, os transtornos mentais ganharam grande atenção devido ao aumento na sua incidência e prevalência ao redor de todo o mundo. Esse fato também sofreu forte influência da pandemia de covid-19, com aumentos ainda mais expressivos na prevalência de ansiedade e depressão.Os pacientes portadores de doenças reumáticas imunomediadas (DRIM) apresentam, de modo geral, uma redução na sua qualidade de vida devido a fatores físicos e psíquicos, que podem estar relacionados à atividade da doença, aos fatores individuais e aos tratamentos utilizados. Com isso, esses pacientes encontram-se sob maior risco de desenvolverem transtornos mentais. No entanto, a relação causal entre a DRIM e os transtornos mentais ainda não é totalmente elucidada.
Chu e outros. conduziram um estudo cujos objetivos foram: (1) avaliar a incidência de transtornos mentais nos pacientes com DRIM e (2) comparar a incidência de transtornos mentais entre os diferentes DRIM.
Imagem de freepik
Métodos
Trata-se de um estudo retrospectivo de base populacional que utilizou um banco de dados do governo de Taiwan. Essa base de dados incluiu uma amostra representativa de mais de 1.000.000 de indivíduos selecionados aleatoriamente para fins de pesquisa.
Em Taiwan, os indivíduos que receberam o diagnóstico de doenças referidas como catastróficas pelo governo podem solicitar cadastro para receber benefícios, como tratamento de saúde gratuito. Para tal, esses indivíduos deverão receber o diagnóstico por um médico. Dentre os DRIM incluídos, temos o lúpus eritematoso sistêmico (LES), a artrite reumatóide (AR), a esclerose sistêmica (ES), a dermatomiosite (DM), a polimiosite (PM) e a síndrome de Sjögren (SS). Todos os pacientes que receberam esses diagnósticos e se inscreveram nesse programa de 01/01/2002 a 31/12/2020 foram incluídos nessa análise. Os pacientes que já possuíam o diagnóstico prévio de transtorno mental, que estavam em uso de antidepressivos ou que tinham dados faltantes sobre suas características sociodemográficas foram excluídos.
Os diagnósticos das DRIM foram considerados através da identificação de códigos do CID-9 relacionados às 6 DRIM elencadas no parágrafo anterior, enquanto que o diagnóstico dos transtornos mentais foi identificado através do registro de códigos compatíveis com transtorno mental específico por 3 consultas ou mais ou em 1 registro ou mais de internacionalização.
A incidência de transtornos mentais foi computada e comparada entre os pacientes com diferentes DRIM, e os fatores de risco associados foram analisados através da regressão multivariada de Cox. Também foram realizadas análises de sensibilidade.
Leia também: Como fazer uma avaliação clínica em reumatologia?
Resultados
Foram analisados 28.588 pacientes, com idade média de 47,4 anos, sendo que 76,4% eram do sexo feminino e 45,7% viviam em áreas suburbanas. Dos participantes, os diagnósticos mais frequentes foram: AR (50,8%), SS (22,4%) e LES (21,0%).
A incidência acumulada de transtornos mentais nas doenças reumáticas imunomediadas (DRIM) foi elevada, chegando a cerca de 20% de todas as DRIM comprovadas.
Utilizando a AR como comparado, os pacientes com LES (RR 1,20, IC95% 1,10-1,32), SS (RR 1,29, IC95% 1,19-1,39) e DM (RR 1, 28, IC95% 1,04-1,32) apresentou um risco aumentado de desenvolvimento de transtornos mentais. De maneira análoga, os pacientes com LES (RR 1,32, IC95% 1,21-1,44), ES (RR 1,20, IC95% 1,02-1,41), SS (RR 1,17, IC95%1,08-1,26), DM (RR 1,73, IC95% 1,44-2,07) e PM (RR 1,64, IC95% 1,32-2,03) apresentaram uma maior probabilidade de necessitarem do uso de antidepressivos. Os resultados foram mantidos mesmo após ajuste para diferentes confundidores.
Comentários
Com esse estudo, é possível perceber que a incidência acumulada de transtornos mentais é elevada em pacientes com DRIM, ocorrendo de 1 a cada 5 indivíduos. Comparados com a AR, algumas doenças apresentam um risco ainda mais importante.
Desse modo, não devemos negligenciar os transtornos mentais em pacientes com doenças reumáticas imunomediadas (DRIM), especialmente naqueles com risco aumentado, como LES, SS e DM.
Saiba mais: Novas diretrizes sobre uso de medicamentos de reumatologia na gestação e lactação
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Autor
Editor-chefe da Clínica Médica da PEBMED/Whitebook • Professor de Reumatologia da Universidade Federal de Juiz de Fora • Chefe do serviço de Clínica Médica do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora • Membro da Comissão de Síndrome Antifosfolípide e da Comissão de Vasculites da Sociedade Brasileira de Reumatologia
Referências bibliográficas:
Chu WM, Chao WC, Chen, DY, et al. Incidência e fatores de risco de doenças mentais entre pacientes com doenças reumáticas autoimunes sistêmicas: um estudo de base populacional de 18 anos. Reumatologia (Oxford). 2024. DOI: 10.1093/reumatologia/keae203/7641539.