Acusada de “apoiar o golpe”, Marta Suplicy vira alvo de fogo amigo dentro do PT
Dirigente do PT pede saída da ex-prefeita de São Paulo do partido. Ele acusa Marta Suplicy de ter apoiado o golpe contra Dilma Rousseff em 2016
O dirigente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Valter Pomar, quer reverter a filiação de Marta Suplicy ao partido. A ex-secretaria de relações internacionais do prefeito Ricardo Nunes (MDB) – que deixou o cargo para ser vice do rival, Guilherme Boulos (PSOL) – é acusada pelo petista de ter traído o partido, ao votar pela aprovação do impeachment de Dilma Rousseff em 2017.
Em seu blog Valter Pomar demonstrou todo o seu descontentamento pelo retorno de Marta, apontando sua filiação ao MDB e seu apoio ao “golpe”.
“Espero que Marta faça, em seu discurso, alguma autocrítica – mesmo que com baixas taxas de sinceridade e altas taxas de conveniência – em relação aos ataques que nos fez, quando saiu do partido; em relação a seu voto em favor do golpe disfarçado de impeachment; em relação a seu voto, no Senado, em favor de medidas extremamente graves contra a classe trabalhadora; em relação a sua participação recente em campanhas eleitorais e no governo Nunes, confrontando o PT”,
Volta de Marta foi aprovada com folga pelo PT
O retorno de Marta Suplicy ao PT após quase 8 anos foi aprovado pelo Diretório Municipal do partido por 12 a 1. A ex-prefeita de Sâo Paulo entre 2000-2004 foi indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a compor a chapa de Boulos para disputar as eleições municipais deste ano na capital paulista.