Visão de Fato – 25 de Fevereiro de 2025
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Eleições na Alemanha: mais uma surra na esquerda
Por J.R. Guzzo
Nada tem dado certo para a esquerda e os democratas estilo Alexandre de Moraes nestes últimos tempos em matéria de eleição – e provavelmente está aí a razão da sua intolerância cada vez mais agressiva a eleições livras e limpas. Em eleição sem TSE e outros instrumentos deste tipo, o lado deles corre o risco de perder, e tem perdido uma em cima da outra. Isso é inaceitável; se o adversário ganhar, dizem, a “democracia” entra em estado de coma, e não é possível permitir uma coisa dessas. Pois bem: o inimigo ganhou de novo, dessa vez na Alemanha, e demonstrou que eleições, hoje em dia, são a maior ameaça para a democracia civilizatória de Lula e do STF.
A Alemanha, a maior potência da Europa, teve eleições neste fim de semana, e a esquerda levou uma surra de perder o rumo de casa. Seu partido sofreu a pior derrota eleitoral de toda a sua história. A direita, em contraposição, deu um passeio: a democracia-cristã, seu representante tradicional, ficou em primeiro lugar – e o novo partido dos direitistas, o que mais tira o sono das elites mundiais, dobrou a votação que obteve nas últimas eleições e ficou com a segunda colocação.
Esquerda e eleições, positivamente, não têm se dado bem, seja na Alemanha ou em qualquer lugar. Já haviam levado o susto de suas vidas com a vitória de Javier Milei na eleição presidencial na Argentina. Depois, aqui no Brasil, foram enterrados nas eleições para prefeito. O PT ficou com 5% das prefeituras brasileiras. O PSOL, que é ainda mais extremista, conseguiu fazer pior: não ganhou nem uma. Veio em seguida o cataclismo que eles mais temiam, e que a cada dia aceitam menos: a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. Agora chegou a vez das eleições na Alemanha. Foi perguntado aos alemães que tipo de governo eles queriam para o seu país, e a resposta não poderia ter sido mais clara. Dos 630 deputados eleitos, a direita clássica e o partido que a esquerda descreve como de “extrema direita” ficaram com 360.
Para tornar tudo ainda pior do que já é, a presidente do partido da “extrema direita”, ou “neonazista” segundo diz frequentemente a mídia, é não apenas uma mulher, o que bate de frente com os dogmas da esquerda, mas é lésbica e casada publicamente com outra mulher. Mas a “direita” não exige o genocídio dos homossexuais? Como fica, então?
Considerando-se que o secretário do Tesouro de Trump é gay, seu diretor do FBI um indiano, o secretário de Estado um latino e a porta voz da Casa Branca uma menina, fica exposta cada vez mais a farsa segundo a qual a “direita” persegue as “minorias”. Mais: como chamar de “neonazista” o partido adversário, se a maior força antissemita na Europa de hoje é a própria esquerda?
O grau do nervosismo pode ser medido por uma das últimas bulas pontifícias expedidas por Lula. “Essa gente”, proclamou ele, “vai ter de aprender a gostar da democracia”. Os “cidadões” como diz Janja, não “vão ter” de aprender nada. Quem é Lula para ensinar alguma coisa ao povo brasileiro? Vão votar em que quiserem nas próximas eleições – e o regime Lula-STF vai ter de usar a força bruta, aberta ou disfarçada, para impedir isso.