Suspeito de matar PM no litoral de SP se entregou por medo de morrer, diz advogado
O advogado Wilton Felix, que representa o homem preso no último domingo (30) por suspeita de ter matado um policial militar das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) no litoral de São Paulo, afirmou que seu cliente é inocente e que ele se entregou por ter medo de ser morto durante a operação policial realizada em Guarujá, na Baixada Santista.
Felix afirmou à CNN que Erickson David da Silva decidiu se apresentar à polícia após pedido de familiares.
A defesa disse ainda que está trabalhando na coleta de provas testemunhais que evidenciem que Erickson não disparou o tiro que matou o policial Patrick Bastos Reis no último dia 27. O advogado acrescentou que irá aguardar o resultado da perícia na arma que foi encontrada pela Polícia Civil na segunda-feira (31).
Em audiência de custódia realizada na segunda, a Justiça confirmou a prisão temporária de Erickson por 30 dias.
Felix também negou ser o autor de uma gravação que circula nas redes sociais de um suposto advogado dando instruções para que um suspeito de atirar no policial se entregasse. A justificativa seria de interromper a ação policial na Vila Zilda, que estaria provocando a morte de moradores da comunidade.
O defensor disse que só assumiu o caso depois que Erickson já havia gravado o vídeo no qual anunciava que iria se entregar. Felix afirmou também que seu cliente teve os direitos respeitados após ser preso.
Histórico
Patrick Bastos Reis morreu depois de ser atingido por um tiro durante patrulhamento na Vila Zilda, em Guarujá. Segundo as investigações, o disparo foi feito a uma distância entre 50 e 70 metros.
A morte desencadeou uma grande operação policial no litoral nos últimos dias. Participaram da ação 600 agentes de equipes especializadas das polícias Civil e Militar.
No domingo, o governador de São Paulo. Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou nas redes sociais que o autor do disparo que matou o PM havia sido preso na zona sul de São Paulo.
Tarcísio disse ainda que não houve excessos na ação policial. Até o início da tarde desta terça (1º), 13 mortes já haviam sido confirmadas em decorrência da operação.