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Lula quer ir à ONU
Por Alexandre Garcia

Eduardo Tagliaferro está na Itália; caso estivesse no Brasil, provavelmente estaria preso. Ele foi absolvido pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo em relação ao disparo ocorrido em sua casa, onde tudo começou.

A Justiça reconheceu, com base nas provas, que ele não estava em acesso de fúria contra a esposa. O tiro ocorreu no momento em que um policial tentou retirar a pistola de sua mão, resultando em um disparo que não atingiu ninguém.
Na ocasião, seu celular foi apreendido e, de repente, houve vazamento do conteúdo, revelando a atuação da equipe do ministro Alexandre de Moraes na Comissão Especial de Combate à Desinformação durante a campanha eleitoral. Essa atuação, no entanto, visava apenas um lado, e não o outro. A partir desse vazamento, tudo veio à tona e a informação se espalhou. Hoje, a mídia domesticada pouco fala sobre isso — não se sabe se falará agora, após a absolvição. Ao menos terá de noticiar. Curiosamente, ele ainda é investigado por violação de sigilo profissional. O que isso significa? Que aquilo que foi divulgado era verdadeiro — caso contrário, não estaria protegido por sigilo.
Enquanto isso, o presidente Lula deve viajar à ONU para cumprir a tradição de abrir a Assembleia Geral com discurso, previsto para os dias 22 ou 23. Até o momento, muitos vistos ainda não foram concedidos. Dois ministros, por exemplo — o da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o da Saúde, Alexandre Padilha — não poderão comparecer. Há outros na mesma situação. A embaixada dos EUA divulgou entrevista do secretário de Estado em Israel, concedida à Fox News, afirmando que a democracia no Brasil está se deteriorando e que, por isso, os EUA devem anunciar novas sanções nos próximos dias.
Também nos EUA está o deputado Eduardo Bolsonaro. A deputada Caroline De Toni renunciou à liderança da minoria em favor dele. Por decisão das lideranças, considerando o tamanho dos partidos, Eduardo Bolsonaro assumiu a função. Isso tem uma consequência prática: pela decisão da Mesa Diretora da Câmara, líderes não têm faltas computadas, mesmo quando ausentes. Assim, não será possível usar ausências como argumento para uma eventual cassação do mandato do deputado mais votado do Brasil. Essa decisão, sem dúvida, vai gerar muita discussão.
Ainda sobre eventos: no dia 10 de novembro terá início a COP23. Vocês lembram o que significa essa data? Em 10 de novembro de 1937, Getúlio Vargas decretou a ditadura, fechou o Congresso, impôs censura, extinguiu partidos e passou a governar por decretos. É justamente em 10 de novembro que a COP será aberta — coincidência ou destino.
Também começou uma greve da construção civil em Belém e região metropolitana. Os trabalhadores paralisaram as atividades pedindo aumento salarial e maior valor na cesta básica.
Apenas uma observação: Lula e Getúlio têm algo em comum. A partir da ditadura Vargas, o governo se transformou em uma grande agência de propaganda populista, financiando jornais e rádios alinhados. Coincidência, não?