Visão De Fato – 15 de Maio de 2025

A revolução comunista do Lula
Por Paulo Briguet

Durante a viagem da comitiva de Lula à China, a ex-presidente Dilma Rousseff e o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, exibiram sorridentes o novo mapa-múndi em que o planeta Terra é apresentado de cabeça para baixo.
Pochmann, fervoroso economista marxista (o que equivale a dizer círculo quadrado ou general inteligente) havia apresentado o ridículo mapa recentemente nas redes sociais. Segundo ele, foi “um êxito instantâneo”. Para o companheiro Pochmann, a palavra êxito tem um sentido peculiar e amplo, que inclui tornar-se motivo de chacota generalizada.
De todo modo, devemos ser gratos a Pochmann e Dilma. Rara vez se viu uma representação simbólica tão perfeita da visão de mundo socialista-comunista. A imagem traduz exatamente o que a esquerda faz quando assume o poder: vira o mundo de cabeça para baixo.
A tomada de poder pelos comunistas, em qualquer época ou país, promove a inversão ontológica da realidade, como demonstrou George Orwell no clássico 1984: guerra vira paz, liberdade vira escravidão, ignorância vira força, justiça vira vingança, pensamento vira crime.
A inversão entre Norte e Sul no mapa do Pochmann representa, portanto, a síntese do projeto de poder da esquerda, cuja implantação no país está sendo garantida pelo regime PT-STF.
Não por acaso, Lula teceu rasgados elogios ao regime comunista chinês e a revolução de 1949, que levou Mao Tsé-tung ao poder. Aqui peço aos meus sete leitores façam um exercício de imaginação e reflitam sobre o que aconteceria caso algum político de direita tecesse elogios à subida do poder do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães ao poder em 1933.
Pois então. O que Lula fez foi comparativamente pior. Mao Tsé-Tung, o líder maior do Partido Comunista Chinês, que está no poder até hoje, matou mais gente que Adolf Hitler.
Em estimativas moderadas, o fundador do PCCh é responsável direto pela morte de 72 milhões de pessoas. E essa matança generalizada de um povo por seu próprio governo — que o cientista político R. J. Rummel definiu como democídio — começou a ocorrer imediatamente após a chegada dos comunistas ao poder em 1º de outubro de 1949.
Os assassinatos em massa na China incluem a coletivização da agricultura (38 milhões de mortos), o período de implantação do regime (8,4 milhões de mortos), e a Revolução Cultural (7,7 milhões de mortos).
Além disso, houve a tenebrosa Política do Filho Único, adotada entre 1979 e 2013, quando cerca de 350 milhões de mulheres foram obrigadas a abortar seus filhos, 108 milhões foram esterilizadas e 13 milhões de crianças “ilegais” ficaram sem cobertura assistencial do governo.
Mas a China não é mais comunista.” Então eu recomendo que vocês não acreditem em mim, mas na Constituição da República Popular da China, cujo artigo primeiro diz:
Artigo 1.º A República Popular da China é um Estado socialista subordinado à ditadura democrático-popular da classe operária e assente na aliança dos operários e camponeses. O sistema socialista é o sistema básico da República Popular da China. É proibida a sabotagem do sistema socialista por qualquer organização ou indivíduo.
Dormindo ou acordado, Lula sonha com esse artigo — e com essa revolução. O sonho da esquerda é fazer o que os comunistas chineses vêm fazendo desde 1949: eliminar a oposição, enriquecer com os amigos e controlar a vida de todos. Lula quer o mundo de cabeça para baixo.