Visão de Fato 12 de Maio de 2025

A guerra contra o crime e a força da indignação
Por Roberto Motta

A guerra contra o crime é um enfrentamento moral. É sempre a luta do certo contra o errado, da virtude contra o erro e do respeito contra o deboche. É o confronto da coragem contra as piores formas de covardia. O criminoso é essencialmente um covarde. Se tiver a oportunidade, ele humilha, machuca, tortura, violenta e mata. O criminoso é um parasita que vive do sangue e do espólio das vítimas. Ao contrário do que acreditam os analfabetos morais marxistas, ser criminoso não significa pertencer a uma classe, a uma corporação, a um movimento ou a uma escola de pensamento. O que caracteriza o criminoso é sua opção pela destruição, pela espoliação, pela brutalidade e pelo engano. O criminoso é, antes de tudo, um escroto –perdoem-me a grosseria, mas esse termo é insubstituível.
A única linguagem que o crime entende é a força. É por isso que monstros assassinos e bandidos brutais se derretem de medo diante de um policial preparado, bem armado e experiente. Criminosos capazes dos piores atos de sadismo contra vítimas indefesas borram as calças e se urinam quando confrontados com um poder superior. A única barreira capaz de parar um monstro moral que saiu de casa decidido a fazer o mal é esse poder superior: a supremacia das forças da lei.
Quem tem pena dos lobos sacrifica as ovelhas. É impossível combater o crime quando a preocupação maior do Estado é o bem-estar dos criminosos. O fundamento moral da luta contra o crime é a indignação – primal, visceral e irrefreável – gerada no cidadão de bem pela brutalidade rotineira dos bandidos. Essa indignação deveria ser a força motriz de policiais, promotores, magistrados e carcereiros. Se essa indignação não está presente, o policial ou operador do direito pode pegar seu boné – ou sua toga – e ir embora. Seu lugar não é na justiça criminal. Compaixão deve ser reservada para as infinitas vítimas do crime no Brasil, jamais para seus algozes.
A guerra contra o crime é um combate físico e moral no qual milhares de homens e mulheres arriscam suas vidas todos os dias. A guerra contra o crime não é um trabalho de engenharia social, de conversão de almas, de treinamento profissionalizante ou de reconstrução de caráter. O objetivo da guerra contra o crime é neutralizar o criminoso, impedindo-o de agir ou fazendo com que ele mude de ideia. O arrependimento e a reabilitação estão sempre ao alcance do bandido, claro – e as evidências mostram que, quanto mais dura a repressão, maior a probabilidade de o criminoso mudar de atividade. Mas essa relação óbvia de causa e consequência foi obscurecida pela decomposição marxista que primeiro dominou o Direito e depois passou a controlar o sistema de justiça criminal.
A guerra contra o crime é travada com leis, policiais, armas e ideias. As ideias estão na base de tudo. A guerra contra o crime é um combate assimétrico. Assassinos, traficantes, sequestradores e estupradores não respeitam regra alguma, enquanto o lado da lei – o nosso lado – precisa respeitar todas as barreiras morais, jurídicas e ideológicas. O único elemento que reequilibra essa assimetria é a força da indignação.