Vale do Guaporé, o Pantanal Rondoniense
Rondônia possui um potencial turístico muito grande, e o da pesca esportiva se destaca, principalmente no Vale do Guaporé e em cidades cujos rios são braços do Guaporé. Só com hospedagem, esse segmento contribui com faturamento da ordem de R$ 10 milhões anuais. No Vale do Guaporé existem 62 meios de hospedagem que geram em torno de 650 empregos diretos.
Maior produtor de peixes de água doce em toda a Amazônia, Rondônia possui uma diversidade muita grande de peixes que tem atraído turistas de outros estados e de outros países para a prática da pesca esportiva. Nesse contexto, o foco principal continua sendo o Vale do Guaporé, especialmente por suas belezas naturais, que despertam a curiosidade e a atenção do turista.
O Vale do Guaporé é o pantanal da Amazônia e projeta Rondônia nacionalmente e internacionalmente. No verão amazônico, suas praias se constituem em atrativos para os turistas que para a região se deslocam para a prática da pesca esportiva. Um cenário verdadeiramente apaixonante, principalmente por conta da revoada de pássaros que tornam o ambiente ainda mais belo.
Uma rica biodiversidade, no encontro de dois biomas: Floresta Amazônica e Pantanal Matogrossense, somando-se à mistura de cultura caboclas, quilombolas e indígenas. Assim é o Vale do Guaporé, que faz parte do corredor ecológico binacional Guaporé-Mamoré-Itenêz. A vida aquática é permeada entre outras espécies, pelos cardumes de tucunarés, cachorras, pacus, tambaquis, pirapitingas, pirararas, matrinchãs, dourados, pintados, cacharas e os gigantes jaú e piraíba.
O rio Guaporé nasce no município de Pontes e Lacerda (MT) a 1.800 metros de altitude, nos contrafortes da Serra dos Parecis, entra no estado de Rondônia fazendo a divisa natural entre Brasil e Bolívia, percorrendo 1.716 km até desaguar no Rio Mamoré, no Município de Costa Marques. Às margens do Guaporé há grandes áreas de preservação, como o Parque Estadual de Corumbiara, com 427 hectares, e o Parque Nacional Noel Kempff Mercado, na Bolívia, uma das maiores unidades de conservação das Américas, com 1,6 milhões de hectares. A fauna e a flora são das mais diversificadas do planeta.
Fotos: Renata Silva e José Valdir Pereira