Uso de antibióticos é necessário, mas deve ser feito com cautela
O aumento do uso indiscriminado de antibióticos tem preocupado os médicos especialistas, a afirmação é do médico intensivista Dr. Rafael Deucher, presidente do XVIII Congresso Sul-Brasileiro de Medicina Intensiva, vice-presidente da Sociedade de Terapia Intensiva do Paraná (Sotipa) e coordenador das UTIs do Hospital VITA Batel, localizado em Curitiba. De acordo com ele, deve-se fazer uso racional dos antibióticos pois a velocidade que a bactéria cria resistência é maior do que a ciência descobre novas drogas.
Os antibióticos são utilizados na suspeita ou confirmação de infecção bacteriana com a função de atuar contra a evolução das bactérias sem danificar as células do corpo e com isso ajudar no processo de melhora da infecção. Esse tipo de medicamento pode ser administrado em pessoas de todas as idades. “Existem diversos tipos de antibióticos diferentes para que haja efeito em todo tipo de bactéria prejudicial ao organismo, por isso, a forma correta é sempre usar com prescrição médica e evitar a automedicação. Além disso, a medicação pode ter efeitos colaterais – diarreia, náuseas, dor de estômago até alergia grave -, por isso, deve-se avaliar o risco benefício e não devem ser tomados sem indicação de profissional, alerta Dr. Rafael.
Há diferentes tipos de espectro, ou seja, a “força” do antibiótico. Diferentes drogas são usadas em âmbito domiciliar e hospitalar. “Pode ser usado com outras medicações assim como fazemos na UTI, mas um profissional qualificado deve analisar as medicações prévias do paciente antes de escolher o antibiótico adequado”, enfatiza o intensivista.
O uso de antibióticos será um dos temas abordados durante o XVIII Congresso Sul-Brasileiro de Medicina Intensiva, que será realizado nos dias 22 a 24 de agosto, em Curitiba, na discussão sobre “Novos antibióticos para infecções por gram-negativos”. São um tipo específico de bactéria com características únicas. Como a maioria das bactérias, elas podem causar infecções em todo o corpo. “As zonas de infecção mais frequentes incluem os pulmões, o trato urinário, a corrente sanguínea, o sistema nervoso e os tecidos moles. Feridas cirúrgicas também podem ser infectadas com bactérias gram-negativas”, relata o presidente do Congresso.
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