Trump não exclui perdão presidencial a antigo diretor de campanha
Quando interrogado sobre a possibilidade de dar um perdão presidencial a Paul Manafort, seu antigo diretor de campanha, envolvido nas investigações do caso russo, Donald Trump não deixou de fora a hipótese: “Isso nunca foi discutido, mas eu não tiraria isso da mesa“.
Paul Manafort cumpre uma pena de prisão de cinco anos por obstrução à justiça e infidelidade aos EUA, tendo feito um acordo de confissão com o procurador especial Robert Mueller, encarregado de investigar alegada interferências russas nas eleições de 2016.
Esta semana, Robert Mueller acusou Manafort de ter violado o acordo de confissão, ao ter mentido ao seu gabinete de procurador especial, no âmbito da investigação, cometendo vários “crimes federais”, que lhe podem valer um agravamento da pena.
Donald Trump saiu quarta-feira em defesa de Manafort, dizendo que ele está a ser vítima de perseguição política pelo procurador especial, comparando a investigação do caso russo ao inquéritos do senador Joe McCarty, na década de 1950, na busca de infiltrados comunistas.
“Estamos na era McCarthy. Isto não é melhor do que McCarthy“, afirmou o Presidente dos EUA, sobre a atuação de Robert Mueller.
Na quarta-feira, o líder Democrata no comité de inteligência do Senado, Mark Warner, disse que se Trump perdoasse Manafort, seria um “abuso de poder flagrante e inaceitável”.
O senador Mark Warner, da Virgínia, escreveu num ‘tweet’ que o poder de perdão do Presidente não é uma “ferramenta pessoal” que Trump possa usar para proteger-se e “aos seus amigos”.
Paul Manafort tem informação privilegiada sobre o processo russo, tendo estado em algumas reuniões importantes para a investigação do gabinete do procurador especial.
As agências de inteligência dos EUA concluíram que a Rússia era a fonte de material ‘hackeado’ de organizações Democratas que a WikiLeaks divulgou durante a campanha presidencial de 2016.
O material incluía milhares de e-mails roubados da conta particular do diretor de campanha de candidata Democrata, Hillary Clinton.
Robert Mueller está a averiguar se algum associado de Trump tinha conhecimento antecipado dos planos da WikiLeaks e se houve algum conluio com o governo russo.
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