Tite justifica reservas do Flamengo contra São Paulo: “Não tem condição humana de manter performance”
Tite optou por poupar os titulares para a Copa do Brasil e viu o time reserva jogar muito mal e ser derrotado por 1 a 0 para o São Paulo, na noite deste sábado no Morumbis. Resultado que fez o Flamengo perder também a liderança do Campeonato Brasileiro para o Botafogo. Depois da partida, o técnico rubro-negro justificou sua opção:
– Nós viemos com o grupo todo que trouxe o Flamengo à liderança durante todos esses 20 jogos. Não tem individualidade, tem o conjunto que é importante. O fato significativo é que é o terceiro jogo em seis dias, e é impossível manter performance. E corre-se o risco de lesões graves, de o atleta ficar fora um tempão se jogar. Isso já foi assim contra Palestino, Juventude, Cuiabá. Há um cuidado e não poupar atletas. Porque não tem condição humana de manter fisicamente e performance nesse nível. E todos nós construímos essa campanha, então não tem individualidade – alegou Tite, rebatendo a falta de finalizações no gol apontando dois lances:
– No segundo tempo, as duas chances que houve foram com Wesley e Ortiz em roubadas de bola no campo adversário. (Situação) Clara, limpa.
Com a derrota, o Flamengo se manteve com 40 pontos e viu o Botafogo ir a 43. O Rubro-Negro volta a campo pelo Brasileirão no domingo da próxima semana, contra o Palmeiras às 16h (de Brasília) no Maracanã. Antes, os comandados de Tite visitam o próprio Alviverde quarta-feira, às 20h (de Brasília) no Allianz Parque, pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil (o time carioca venceu o primeiro por 2 a 0 e pode até perder por um gol de diferença para se classificar).
Veja outras respostas de Tite:
Influência no próximo jogo
– Pega toda a temporada. Pega todos os últimos jogos. Pega toda a Copa do Brasil. Coloca nela como média de atuação. Sim, não gostamos de estar perdendo, mas temos maturidade com relação a isso. É a produção de hoje, do passado, do anterior. É esse conjunto todo.
Bruno Henrique e Gabigol
– Dois grandes jogadores, dois montros. Na história, dois grandes atletas. Publicamente, eu pedi ao BH, porque precisávamos de um jogador de velocidade. Sem estar nas suas condições, sem estar na plenitude. Clinicamente, não corria risco de lesão. Mas ele não estava treinado e precisávamos de um jogador de velocidade. Sem Cebola, Sem Luiz (Araújo), precisávamos de alguém agudo no setor. São dois jogadores que merecem ser muito respeitados.
Posicionamento do Gabigol
– Igual a todos os outros jogos que ele jogou. Penúltimo atacante ou de 9. Ele começou como como penúltimo e depois foi de 9.
Arbitragem
– Falar em jogo de desempenho, de resultado, eu deixo para vocês avaliarem essa situação. A sensação que eu tenho é que no melhor momento nosso no segundo tempo, quando íamos retomar uma intensidade, de marcação agressiva, a gente acabou tomando gol. Mas o jogo é assim. A partir daí, ficou um jogo de trocação. Íamos à frente, eles tinham o contra-ataque. Aí tem diversos jogos dentro do mesmo jogo. Sobre arbitragem, não tem nada a reclamar.
Matheus Bachi: – Só não sei porque ele deu cartão para o BH (Bruno Henrique). De novo ele com o BH, alguma coisa ele deve ter com o BH, que reclamou normal. Foi o terceiro? Então a gente tomou um com o Luiz (Araújo) lá (Maracanã) que não era para ter sido, e agora o BH toma o terceiro.
Recado para a torcida
– Reune todas as performances da equipe e ela se traduz como preparação para o jogo de quarta-feira.
Qual Palmeiras espera enfrentar?
– Agora começa a projetar, porque a gente pensava no São Paulo. Pensava em fazer um belo jogo, ter um bom resultado aqui, dar uma sequÇencia, manter a liderança… Não tenho condição (de responder). Aí entra numa de: “ser defensivo, foi defensivo, é característcia do Palmeiras”? Tem que avaliar, entrar em pormenores. O que vamos fazer agora é recuperar a equipe e projetar o jogo de quarta-feira.
De la Cruz preocupa?
– A gente cuida e não poupa. De la Cruz não tinha condição. Cebola não tem condição. Se eles iniciassem o jogo correriam o risco de machucar. De ficar, 15, 20 dias fora. Talvez o próprio BH e o Cebola são exemplos disso, de ter necessidade de apressar um pouquinho, tentar uma sequência. Mas temos cuidado de não machucar. Se escalasse correríamos esse risco.
Bola parada
– Estatisticamente são 30%. Ela varia um pouco dentro desse índice. Tanto nosso quanto do adversário. É uma das fases do jogo importante nossa, é toda uma equipe trabalhando. Não é só o César (Sampaio), o Matheus (Bachi) ou eu, somos todos nós. O aval final é meu. A responsabilidade final é minha, desses ajustes e dessas estratégias. Em torno disso, 30%, tanto a favor como contra que tem estabelecido os placares dos jogos.
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