Thiago Carpini repetiu após a derrota de sábado para o Fortaleza por 2 a 1, no Morumbis, que o risco de perder o emprego no São Paulo não é algo que o preocupa, mas o técnico vive seu momento de maior pressão no clube. + Siga o canal ge São Paulo no WhatsApp – O resultado é o que move tudo, mas tem o dia a dia, as ideias, o comando, a gestão, o respaldo do trabalho. E o resultado precisa vir ou a troca é inevitável. Isto não me preocupa, trabalho para fazer o melhor ao São Paulo – respondeu. Xingado de “burro” pelos torcedores que assistiram ao revés em casa na estreia do Tricolor no Campeonato Brasileiro, o técnico segue no cargo, mas terá uma sequência dura nos próximos dias, incluindo três jogos seguidos como visitante. Mais do São Paulo: + Quem foi bem? Quem foi mal? Dê suas notas! + Técnico admite que é difícil pedir paciência à torcida Thiago Carpini durante a partida entre São Paulo e Fortaleza — Foto: Marcos Ribolli Thiago Carpini durante a partida entre São Paulo e Fortaleza — Foto: Marcos Ribolli Na quarta, o São Paulo visita o Flamengo, no Rio de Janeiro, e domingo duela com o Atlético-GO, em Goiânia. Os dois confrontos são válidos pelo Brasileirão. Na quinta-feira seguinte, o Tricolor vai a Guayaquil, no Equador, enfrentar o Barcelona, pela terceira rodada da Conmebol Libertadores. O desempenho como visitante foi uma dor de cabeça no ano passado, antes de Carpini chegar. Em 2023, o clube chegou a bater um ano sem vitórias longe do Morumbis e teve um dos piores desempenhos fora de casa entre os times que jogaram o Brasileiro, com uma vitória em 19 jogos. – Cada ciclo é uma história, é fácil falar, mas vamos tentar passar a eles. São jogadores acostumados a desafios, adversidades, vitórias e derrotas. Conversar bastante, recuperar nossa autoestima. O que ficou para trás, ficou. Não só o jogo, mas o retrospecto ruim fora de casa, eu não estava aqui, não cabe a mim falar – respondeu Carpini. São Paulo 1 x 2 Fortaleza | Melhores momentos | Campeonato Brasileiro 2024 – Tenho de falar do que preciso melhorar, e é nisso que vou focar nestes dias, de entender o que temos de melhor, fisicamente e tecnicamente, contra um adversário difícil fora de casa. Temos de ter um comportamento melhor em toda a partida, é o que o torcedor espera e o que esperamos também. O próximo jogo como mandante do Tricolor será em 29 de abril e logo um clássico: contra o Palmeiras. Em meio a esses jogos, o clima para o treinador do São Paulo vem piorando, especialmente do lado de fora do CT da Barra Funda. Os protestos de torcedores são cada vez mais frequentes. Apesar do título da Supercopa diante do Palmeiras no começo do ano, o time não vive bom momento, foi eliminado pelo Novorizontino no Paulista e tem como retrospecto em 2024: sete vitórias, seis empates e quatro derrotas. Os jogadores saíram em defesa do comandante, como foi o caso de André Silva, que fez o gol tricolor na derrota para o Fortaleza e declarou que os atletas seguem confiando no trabalho do treinador. Thiago Carpini durante a partida entre São Paulo e Fortaleza — Foto: Marcos Ribolli Thiago Carpini durante a partida entre São Paulo e Fortaleza — Foto: Marcos Ribolli – Claro que a maior parte (da responsabilidade pelo momento) é minha, sou o comandante. Seria cômodo para mim apontar erros. Isto não é meu papel, nem meu perfil. Tenho que tratar pontualmente de maneira interna e sou chato com eles. Não sei como eles (jogadores) gostam de mim, porque sou chato. Mas temos uma relação boa de falar a verdade – explicou. – A gente divide a responsabilidade sempre. Por mais que seja cultural no nosso futebol o treinador ser o culpado, faz parte, é o ônus da profissão, mas internamente eles sempre solícitos a dividir a responsabilidades, se cobram muito e sabem que precisamos evoluir. Não vou expor ninguém, é falar dos meus erros, por ser um treinador jovem ainda vou errar e acertar muito na minha carreira, como os mais experientes erram o tempo todo. É um processo. – A responsabilidade volta mais ao comandante e não me incomodo com isso. Quero que eles estejam tranquilos, felizes e em paz para desenvolver o que a gente precisa com melhoras, mas isso a gente trata internamente – completou.

Alfredo Morelos promete ser uma dor de cabeça para a diretoria do Santos. Após fraco desempenho no Paulistão, o colombiano de 27 anos perdeu espaço e não deve mais ser utilizado por Fábio Carille.
Pesa contra o atacante a dificuldade em alcançar sua melhor forma física durante os treinamentos no CT Rei Pelé. A partir de segunda-feira, Morelos deve ser colocado no Grupo B, reservado a jogadores não aproveitados por Fábio Carille, até que encontre uma nova equipe para dar sequência à carreira.
De acordo com presidente Marcelo Teixeira, a situação de Morelos dentro do elenco é uma questão técnica, mas que cabe à diretoria tentar resolver. A questão contratual pesa negativamente.
– É uma questão técnica, não é uma definição de diretoria. É uma definição que foi tomada, assim como outras no início do ano. Estamos acompanhando porque existe um problema gravíssimo que é um contrato existente daqueles que estão permanecendo da gestão passada. Agora, mais do que nunca, se a questão técnica chegou a uma conclusão sobre a continuidade ou não do jogador, passa a ser um compromisso da diretoria tentar resolver essa situação – falou o mandatário.
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Morelos durante treino do Santos — Foto: Raul Baretta/ Santos FC
Morelos foi contratado em setembro do ano passado, com contrato vigente até o dia 31 de agosto de 2025. O atleta chegou como um dos principais salários do elenco, na faixa dos R$ 950 mil mensais.
Contudo, após o rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o Santos fez um grande esforço financeiro para renegociar o contrato do colombiano, lhe oferecendo o novo teto salarial, perto dos R$ 350 mil mensais, e mais um bônus de R$ 10 mil por gol marcado no ano.
De acordo com fontes ouvidas pelo ge, o novo contrato não fez com que Morelos demonstrasse “sangue nos olhos” nos jogos e treinamentos. A diretoria agora busca um clube interessado e cogita a rescisão contratual.
Neste caso, o Peixe teria que pagar todo o contrato ao colombiano ou negociar uma quebra de contrato amigável com Morelos e seus representantes, o que é improvável. Desde que chegou ao clube, o atacante disputou apenas 14 partidas e marcou dois gols.
Ge.