Terror no Brasil teria apoio de ONG, diz investigação da Polícia Federal
Grupo de dez pessoas que planejava ataques com explosivos durante realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro foi detido na quinta-feira
A investigação da Polícia Federal que elevou de forma sem precedentes o alerta contra o terror no Brasil descobriu suspeitas de que uma ONG estaria envolvida no planejamento de ataques que seriam realizados durante os Jogos Olímpicos que ocorrem a partir do próximo mês.
De acordo com a PF, a Operação Hasghtag, responsável por prender dez pessoas em todo o País nesta quinta-feira (21), investiga uma ONG com “atuação na área humanitária e educacional” que teria colaborado com o grupo na intenção de espalhar o terror no Brasil durante a realização da Olímpiada, cuja abertura ocorre no próximo dia 5 de agosto.
Por motivos de segurança, a PF não divulgou o nome dos suspeitos nem da ONG que aparece na investigação.
País em alerta
A operação que levou à prisão dez suspeitos de ligação com o Estado Islâmico contou com a participação de 130 policiais nos Estados do Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
As investigações tiveram início em abril com o acompanhamento de redes sociais pela Divisão Antiterrorismo da Polícia Federal (DAT). Os envolvidos participavam de um grupo virtual denominado Defensores da Sharia e planejavam adquirir armamentos para cometer crimes no Brasil.
Segundo o ministro da Justiça, Alexandre de Morais, integrantes do grupo brasileiro que defendia uso de arma de táticas de guerrilha chegaram a entrar em contato com o Estado Islâmico pela internet e a tentar comprar um rifle AK-47 do mercado negro paraguaio. Além disso, buscaram treinamento em artes marciais e tiro. Não foi identificado, porém, qual seria o alvo do grupo brasileiro.
Os investigados responderão individualmente, na medida de suas participações, pelos crimes de promoção de organização terrorista e realização de atos preparatórios de terror no Brasil. A pena para o primeiro crime é de cinco a oito anos de prisão, além de pagamento de multa, enquanto, para o segundo, varia de três a 15 anos de prisão.
Fonte: IG