Servidores são presos por usar máquina da prefeitura em obra no sítio de vereador do (PT), a mando do prefeito em Machaadinho D’ Oeste
Homens foram presos por realizar uma obra em um terreno particular, que disseram pertencer a um vereador do município. Servidores alegaram sofrer perseguição na secretaria.
O secretário municipal de obras e dois servidores públicos de Machadinho d’Oeste (RO), na região do Vale do Jamari, foram presos no último sábado (23), após denúncia. Segundo o boletim de ocorrência, os homens utilizaram maquinário da prefeitura para realizar uma obra na propriedade particular que seria do vereador Clemente (PT), e afirmam ter feito o serviço a pedido do prefeito Leomar Patrício (PHS).
Segundo a Polícia Civil, o secretário ordenou que um servidor fizesse a limpeza da fachada de um sítio e na área onde deve ser construído um curral, que seria do vereador Clemente. A máquina utilizada no serviço pertence à prefeitura e foi adquirida através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.
Em depoimento, o operador do maquinário informou que não é a primeira vez que precisa fazer um serviço em uma propriedade particular, e disse ainda que acatou a ordem pois sofre pressão e estava sendo perseguido na secretaria e pelo prefeito do município.
O responsável por levar o funcionário ao local disse em depoimento que também sofre pressão.
Após uma denúncia anônima feita à Polícia Ambiental, o secretário e o operador foram presos por peculato desvio, já o motorista foi preso por peculato culposo. A máquina utilizada foi apreendida.
Buscas foram realizadas para localizar o vereador, mas o mesmo não foi encontrado. Em conversa com a reportagem, Clemente afirmou que não é dono da propriedade e que o pedido feito foi para que a secretaria realizasse o trabalho de limpeza no acesso aos produtores rurais. O vereador ainda disse que estava no Vale do Anari no sábado e só tomou conhecimento do caso durante a noite.
A reportagem tentou contato com o prefeito de Machadinho d’Oeste e com a defesa dos servidores presos, mas não conseguiu retorno até a publicação desta matéria.
Fonte:G1