Senador critica a renegociação dos acordos de leniência de empresas investigadas na Lava Jato
Em pronunciamento no Plenário, na última terça-feira (5), o senador Jaime Bagattoli (PL) demonstrou preocupação sobre as decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) que permitiu a renegociação dos acordos de leniência concedidos a empresas envolvidas em casos de corrupção.
A renegociação dos acordos foi autorizada pelo ministro André Mendonça, na última semana. O senador lembrou que a medida beneficiará, por exemplo, as empresas JBS e a Novonor (antiga Odebrecht), ambas investigadas na operação Lava Jato.
“O que a gente vê hoje no Brasil é que os valores estão invertidos. As pessoas de bem estão sendo encurraladas, enquanto as pessoas que causaram mal a este país, que roubaram os cofres públicos, estão se saindo bem”, declarou o senador.
Na prática, o acordo de leniência é uma espécie de delação premiada das empresas. Com a decisão recente do STF, essas empresas e os órgãos de controle terão 60 dias para efetuar a renegociação.
Até lá, os pagamentos das multas acertadas ficarão suspensos, ponto fortemente criticado pelo senador Bagattoli e por integrantes da oposição.