Sem gotinha: entenda como fica novo esquema vacinal contra a pólio
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Segunda-feira, 06 de janeiro de 2025 – 13h25 | da Agência Brasil
Em 2025, crianças de 2 meses, 4 meses e 6 meses receberão exclusivamente a vacina injetável para prevenir casos de poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. Há também uma dose injetável de reforço, a ser aplicada aos 15 meses de vida. As gotinhas populares foram oficialmente aposentadas e deixaram de fazer parte do calendário de vacinação infantil brasileiro em novembro do ano passado.
Não se trata, portanto, de uma nova dose, mas de um novo esquema vacinal para promover a imunização contra a pólio. A mudança, de acordo com o Ministério da Saúde, é baseada em evidências científicas e recomendações internacionais. Isso porque a vacina oral contra poliomielite (VOP) contém o enfraquecido e, quando utilizada em meio às condições sanitárias, pode levar ao vírus casos da doença derivada da vacina.
A substituição da dose oral pela injetável tem o aval da Câmara Técnica de Avaliação em Imunização e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A orientação é que o VOP seja utilizado apenas para controle de surtos, como acontece na Faixa de Gaza. Em agosto passado, a região confirmou o primeiro caso de pólio em 25 anos – um bebê de 10 meses que não havia recebido nenhuma das doses previstas.
Entenda
Em 2023, o Ministério da Saúde informou que passaria a adotar exclusivamente a vacina inativada contra poliomielite (VIP) no reforço aos 15 meses de idade, até então feito na forma oral. A dose injetável já vem sendo aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida. Já a segunda dose de reforço, antes aplicada aos 4 anos, segundo a pasta, não se faz mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses garante proteção contra a doença.
A atualização destes critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema. Desde 1989, não há notificação de casos de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais ocorreram quedas sucessivas nos últimos anos. Em 2022, por exemplo, a cobertura ficou em 77,19%, longe da meta de 95%.
Calendário completo
O Ministério da Saúde reforça que a vacinação é reconhecida como uma das estratégias mais eficazes para preservar a saúde da população e fortalecer uma sociedade saudável e resistente. “Além de prevenir doenças graves, a imunização contribui para reduzir a propagação desses agentes infecciosos na comunidade, protegendo aqueles que não podem ser vacinados por motivos de saúde”.
O calendário nacional de vacinação contempla, na rotina dos serviços, 19 vacinas que protegem em todos os ciclos de vida, desde o nascimento até a idade mais avançada. Além da pólio, a lista de doenças imunopreveníveis inclui sarampo, rubéola, tétano e coqueluche. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é responsável por coordenar as campanhas anuais de vacinação, que têm como objetivo alcançar altas coberturas vacinais e garantir a proteção individual e coletiva.
Confira aqui os calendários completos de vacinação oferecidos via Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes.
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