POPULARIDADE
Se a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu governo anda em baixa entre a população, quem dirá na Faria Lima.
O quadro pintado pelo mercado financeiro, segundo a última pesquisa Genial/Quaest, inclui um Fernando Haddad tombando, Gabriel Galípolo ainda com um voto de confiança, previsão de inflação maior do que no ano passado e uma possível recessão já no segundo semestre deste ano.
Para completar o cenário de tempestade perfeita, na visão do mercado, ainda se espera Lula voltando como candidato à Presidência em 2026.
A pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (19), ouviu 106 dos maiores agentes do mercado financeiro em São Paulo e Rio de Janeiro entre 12 e 17 de março, e tem margem de erro de 3,4 pontos porcentuais para mais ou para menos. Agora, vamos por partes.
Brasil indo na contramão
A avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva voltou a obter um alto índice de avaliação negativa entre os agentes do mercado: 88% avaliam o governo como ruim ou péssimo, contra apenas 4% que o avaliam como ótimo ou bom.
A Faria Lima vê o Brasil andando na contramão. A ampla maioria (93%) acredita que a política econômica do país está indo na direção errada, e a culpa recai sobre Lula, para 92%, contra 5% que veem Haddad como o vilão da história.
Movimentos bruscos de Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, viu sua popularidade despencar junto ao mercado, com sua avaliação positiva tombando de 41%, em dezembro de 2024, para meros 10% agora, enquanto a avaliação negativa disparou, passando de 24% para 58% no mesmo período. A percepção generalizada (85%) é de que Haddad perdeu força dentro do governo. Há um ano, este número era de 14%.
Galípolo em standby
Ainda em seus primeiros passos, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, passa raspando na prova da Faria Lima. Para 45%, sua avaliação é positiva, enquanto 41% a veem como regular e 8% como negativa. É como se ele ainda estivesse com um voto de confiança: 58% ainda acham cedo para avaliar se Galípolo está tomando decisões mais técnicas ou mais políticas
