Saudade de casa? Vasco luta para melhorar longe de São Januário
A troca de refletores exigida pela CBF e a venda de mando do clássico contra o Flamengo vão fazer com que o Vasco fique mais tempo longe de São Januário. Tendo o estádio como fator fundamental para um bom desempenho no Campeonato Brasileiro, o Cruz-Maltino se vê na necessidade ainda maior de melhorar o desempenho longe da Colina.
Os números vão contra o clube. O Vasco não vence como visitante longe do Rio de Janeiro desde 2017, quando bateu o Cruzeiro em novembro, no Mineirão. O ano coincide também com a última vitória do Cruz-Maltino como mandante no Brasileirão fora de São Januário. Neste caso, aconteceu contra o Botafogo, no Maracanã, em outubro.
O time da Colina, porém, terá mais duas rodadas antes de reencontrar sua casa. No próximo domingo, encara o Goiás no Estádio da Serrinha. Depois disso, fará o clássico com o Flamengo no Mané Garrincha, em Brasília (DF). A partida já estava acertada com a empresa do ex-jogador Roni, que acabou desfazendo o acordo. Mesmo assim, o Vasco decidiu organizar o confronto por conta própria.
– O professor sabe o que tem que fazer para pontuar fora de casa. A gente não conseguiu sair com o resultado positivo contra o CSA porque demos mole. Essa é verdade. Não fizemos um jogo como contra o Palmeiras. Demos espaço para o time deles. Sabemos que podemos fazer ótimos jogos. Teve jogos que fomos prejudicados pelo VAR. Isso não é desculpa, mas a gente está buscando. Se não saiu (vitória fora), vai sair. Não é possível que vamos terminar o primeiro turno sem fazer pontos fora de casa. Vamos continuar nessa pegada para subir na tabela – disse o atacante Marrony.
Levar a partida contra o CSA para Cariacica (ES) não pegou bem nos bastidores vascaínos. Uma parte da torcida criticou o presidente Alexandre Campello pela decisão e alguns nomes da política do clube também desaprovaram. O que ecoou mais foi o técnico Vanderlei Luxemburgo. Pouco depois de ser apresentado no Cruz-Maltino, ele afirmou que não queria mais jogar como mandante longe de São Januário.
– O Vasco não pode deixar de jogar em São Januário. Isso é fundamental. É um calor humano diferente, pressão diferente, uma série de coisas diferentes para jogar futebol. Não pode perder vantagem de jogar em São Januário. Não estou criticando o local, o jogo, mas é um estádio distante, a torcida fica muito distante dos jogadores. Temos que ter uma coisa um pouco diferente. Infelizmente não pudemos jogar lá por um negócio de luz – disse o treinador após o empate com o CSA.
R7