Sanidade animal e boas práticas na produção e abate garantem exportação da carne de Rondônia
Carne de Rondônia é certificada, garantindo exportação de produto de qualidade para mais de 40 países
Desde que foi certificado internacionalmente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa com vacinação, em 2003, Rondônia vem conquistando mercados internacionais para a venda de carne bovina e derivados.
Com o sexto maior rebanho do país, o estado de Rondônia em 2016 bateu recorde no abate de bovinos, garantindo a quarta posição no ranking nacional. Foram abatidos 2.784.801 animais inspecionados pelo Mapa e Idaron. Esse número representa mais de 11% que em 2015, com 2.508.240.
“Com o certificado internacional, começamos a atrair compradores da nossa carne. A gente vem recebendo várias missões internacionais e de auditorias externas, que chancelaram e que deram credibilidade a todas as ações executadas pela Agência Idaron. Já recebemos a Indonésia, o Chile, os Estados Unidos, a União Européia, entre outros”, conta Fabiano Alexandre dos Santos, gerente de Defesa Animal da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron).
Atualmente, o estado exporta para mais de 40 países, sendo Hong Kong, Rússia e Egito os principais importadores, correspondendo a mais de 70% de toda carne bovina rondoniense exportada.
A cadeia da carne no estado de Rondônia é responsável por mais da metade da pauta de exportações. No ano de 2016 foram exportadas mais de 133.854 toneladas de produtos da cadeia produtiva da carne. Esse volume representou 53,20% das exportações, gerando uma receita de mais U$$ 466.605 milhões.
“Nossos pecuaristas vêm intensificando a produtividade das propriedades com adoção de tecnologias de integração, manejos socioambientais e sanitários, garantindo ao mercado um animal com qualidade”, explica o secretário de Estado da Agricultura (Seagri) Evandro Padovani.
A partir da criação da Idaron, em 1999, a instituição buscou e tem obtido resultados relevantes quanto à sanidade do rebanho rondoniense, em consonância com as normas e diretrizes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e órgãos internacionais.
Fabiano Alexandre lembra que devido à participação do poder público, dos produtores rurais e setor privado, Rondônia conseguiu em apenas três anos o certificado nacional de área de livre de febre aftosa com vacinação, concedido pelo Mapa em 2002. “Desde então a Agência vem buscando aprimorar o seu sistema e a defesa agropecuária, avançando em outros programas, como a brucelose e tuberculose, na estruturação, na capacitação de servidores”.
Em 1999, o rebanho bovino de Rondônia era de seis milhões e apresentou um salto de cinco milhões em apenas seis anos, o que representou um aumento de 79% no número de cabeças. Já a partir de 2005, o crescimento foi mais lento, chegando a 13,6 milhões de bovinos em 2016.
Fonte:SECOM