Rogério Ceni lamenta derrota para o lanterna e Bahia no Z-4: “Envergonhado pelo meu trabalho”
O Bahia tinha tudo para deixar a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro neste domingo, mas, novamente, não fez a sua parte. O Tricolor perdeu de virada para o América-MG, por 3 a 2, e segue na degola a uma rodada para o fim da competição. Everaldo abriu o placar, Ricardo Silva e Renato Marques (duas vezes) marcaram para o Coelho, e Ademir diminuiu (assista abaixo aos melhores momentos)
O Tricolor ainda jogou boa parte do segundo tempo com um jogador a mais, mas desperdiçou chances de marcar, sendo algumas incríveis. A equipe ao menos contou com tropeços de Vasco e Santos, rivais diretos na luta contra o rebaixamento. Na entrevista coletiva após a partida, o técnico Rogério Ceni disse estar envergonhado
– Acho que nós tentamos de todas as maneiras fazer o gol, tivemos todas as oportunidades e criamos muito. Infelizmente a bola não entrou. O torcedor logicamente fica envergonhado com o resultado assim como a gente. Temos que tentar reunir forças para quarta-feira, o campeonato não acabou. Lamento não ter conseguido minimamente um ponto em dois jogos, um deles contra um time que já caiu.
“Eu me sinto envergonhado pelo meu trabalho, sendo bem sincero. Temos que achar um time que seja compatível para jogar contra o forte time do Atlético-MG e tentar nossa última cartada na Arena Fonte Nova”.
O Bahia fez um primeiro tempo muito ruim e sofreu a virada após abrir o placar com Everaldo. Por isso, na etapa final, Rogério Ceni sacou o zagueiro Vitor Hugo e mandou Ademir a campo. Apesar do Tricolor ter levado o gol na sequência, a equipe aumentou a produção ofensiva, diminuiu o marcador e pressionou até o fim (muito por conta também da expulsão de Matheusinho).
– O fato de jogar com um jogador a menos nós exploramos bem, com Ademir e Biel e depois o Jacaré. Colocamos dois “noves” na área, jogamos só com um zagueiro e dois laterais mais por dentro, e jogadores no meio-campo, com Rezende e Cauly. Tentamos de todas as maneiras. Em alguns momentos tomamos decisões erradas, em outros não sei como a bola não entrou. Quando estávamos com superioridade numérica tivemos todas as chances para fazer o gol, mas talvez não tivemos a calma para concluir as chances que poderiam ter nos dado a vitória.
Agora, para escapar do rebaixamento, o Bahia vai precisar fazer a sua parte contra o Atlético-MG, na última rodada, nesta quarta-feira, e torcer por tropeço de rivais diretos (veja aqui a situação).
– Isso não tem como mudar em dois dias. A bola pode entrar no próximo jogo. Acho que não teremos tantas oportunidade quanto tivemos hoje, mas já aproveitamos jogos com menos espaços e concluímos melhor a gol. Agora é impossível mudar em dois dias. Um será de recuperação, e outro de treino leve para preparar os atletas com mínimas energias para entrar com o melhor time contra o Atlético-MG – disse Ceni.
O Bahia decide a sua vida na temporada às 21h30 (horário de Brasília). Veja aqui a programação de venda de ingressos.
Veja outros trechos da entrevista coletiva:
Momento ruim da equipe
– Mental. É muito mais mental do que cansaço. Nos últimos jogos tivemos um intervalo maior, mas acho que está muito relacionado ao mental. Essa situação é muito do lado psicológico. É a única coisa que eu posso explicar. O gol que sofremos no final contra o São Paulo retrata bem isso.
Como modificar a parte psicológica para o próximo jogo?
– Não sou da área da psicologia. O que posso fazer é incentivar meus atletas, mostrar o melhor caminho para o jogo e cobrar no sentido da melhora. Temos que saber que ainda há a chance de um triunfo e trabalhar em cima dele. Não temos como mudar o estado psicológico em dois dias, temos que tentar conviver com essa derrota e tentar fazer um resultado melhor do que Vasco e Santos na próxima rodada