Riscos das queimadas: Infectologista pediátrica alerta sobre impactos na saúde respiratória infantil
Geral
Sexta-feira, 13 de setembro de 2024 – 10h41 | Redação
O Brasil enfrenta um cenário alarmante com o avanço das queimadas em diversas regiões e a consequente piora da qualidade do ar. A fumaça densa que cobre o país, somada ao calor extremo e à baixa umidade, tem colocado em risco a saúde das crianças, grupo especialmente vulnerável. Uma Dra. Raisa Cattaneo, infectologista pediátrica, faz um alerta sobre os graves efeitos dessa poluição atmosférica, destacando a importância de medidas preventivas.
O período de seca no Brasil favorece o aumento das queimadas, que geram uma fumaça rica em partículas tóxicas, como monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio e material particulado fino. Uma Dra. Raisa Cattaneo explica que essas substâncias são extremamente extensas, principalmente para as crianças, cujos pulmões estão em pleno desenvolvimento.
“A poluição gerada pelas queimadas compromete diretamente o sistema de proteção das crianças, que é mais suscetível a danos. O material particulado fino, presente em grande quantidade na fumaça, consegue penetrar profundamente nos pulmões, causando danos e irritação nas vias respiratórias”, alerta a médica.
Entre os sintomas mais comuns observados em crianças expostas à fumaça estão o tosse persistente, chiado no peito, dificuldade respiratória, solicitado nos olhos e no nariz, além do agravamento de doenças respiratórias pré-existentes, como asma e rinite.
QUALIDADE DO AR ATINGE NÍVEIS CRÍTICOS
Em várias regiões do país, especialmente no Centro-Oeste, Norte e Sudeste, a qualidade do ar tem níveis considerados insalubres. As partículas presentes na fumaça, em conjunto com emissões atmosféricas já existentes, estão provocando uma redução significativa da visibilidade e tornando o ar praticamente irrespirável. De acordo com um infectologista pediátrico, “em algumas cidades, a qualidade do ar já está em níveis péssimos, e o uso de máscaras de proteção se torna indispensável para evitar a inalação de partículas tóxicas”.
Além disso, a fumaça proveniente de queimadas em países vizinhos, como Bolívia e Paraguai, piorou a situação em estados como Rondônia, Mato Grosso e São Paulo, onde há relatos de ar denso e odor de queimado. Com a previsão de continuidade das queimadas, a tendência é que a qualidade do ar continue a se deteriorar, ampliando os riscos à saúde infantil.
AUMENTO DE CASOS EM PRONTOS-SOCORROS
Com a intensificação das queimadas e a melhor qualidade do ar, hospitais e unidades de saúde em todo o país estão registrando um aumento expressivo nos atendimentos de crianças com sintomas graves agravados pela poluição. “Crianças com doenças preexistentes, como asma e bronquite, são as mais afetadas. O ambiente saturado de poluentes pode levar a crises mais graves e à necessidade de intervenção médica urgente”, afirma a Dra. Raisa.
EFEITOS DE LONGO PRAZO
A exposição contínua à fumaça pode trazer consequências graves a longo prazo. Estudos indicam que a inalação frequente de substâncias atmosféricas aumenta o risco de desenvolvimento de doenças respiratórias crônicas, além de comprometer o crescimento pulmonar nas crianças.
“O problema não se restringe aos sintomas imediatamente. Crianças que crescem expostas a altos níveis de poluição têm mais chances de desenvolver problemas de defesa ao longo da vida, como infecções pulmonares e condições crônicas”, destacou a médica.
COMO PROTEGER AS CRIANÇAS
Diante desse cenário crítico, a Dra. Raisa Cattaneo lista algumas medidas que os pais podem adotar para proteger a saúde respiratória dos filhos:
- Evite a exposição ao ar livre: Sempre que possível, mantenha as crianças em ambientes fechados, especialmente nos dias de pior qualidade do ar.
- Ambiente protegido: Feche portas e janelas para impedir a entrada de fumaça em casa. O uso de toalhas úmidas nas janelas e portas pode ajudar a reduzir a entrada de impurezas.
- Purificadores de ar: Se disponíveis, utilize purificadores de ar para melhorar a qualidade do ar dentro de casa.
- Hidratação: Manter as crianças bem hidratadas é essencial. Além disso, o uso de soro fisiológico pode aliviar irritações nas vias respiratórias e nos olhos.
- Evitar atividades físicas: Limitar a prática de esportes e brincadeiras ao ar livre, pois a inalação de toxinas durante o exercício físico pode ser ainda mais prejudicial.
- Acompanhamento médico: Caso a criança apresente tosse persistente, dificuldade para respirar ou chiado no peito, procure atendimento médico imediatamente.
Para mais informações e orientações, acompanhe o Instagram da Dra. Raisa Cattaneo clicando aqui
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