Regularização Fundiária é foco dos governadores do Acre, Rondônia e Amazonas
Na abertura da 46ª Exposição Agropecuária do Acre (Expoacre), em Rio Branco, capital acreana, aberta oficialmente no sábado (27), os governadores Gladson Cameli (Acre), Marcos Rocha (Rondônia) e Wilson Lima (Amazonas) ressaltaram que o crescimento da economia nos três estados passa, indiscutivelmente, pelo processo de regularização fundiária, que tem como objetivo final alavancar o agronegócio, que gera emprego e rendas nas áreas rurais e urbanas melhorando o (IDH), Índice de Desenvolvimento Humano.
Com pronunciamentos e entrevistas na mesma linha de raciocínio, os três chefes de executivos regionais reconheceram que para vencer as principais barreiras dominadas pela “burocracia” necessitam de um trabalho integrado junto ao governo federal no sentido de que o sistema de regularização fundiária, conduzido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), tenha mais agilidade passando a ser administrado pelos estados.
Em Rondônia, Acre e Amazonas, as questões ligadas à regularização fundiária e posse da terra, alimentam conflitos, preocupando os três governadores que estão dispostos a eliminá-los de vez. Relataram que no encontro, há duas semanas com o presidente Jair Bolsonaro, em Manaus, essa questão foi colocada ao chefe do Poder Executivo, que se mostrou sensibilizado prometendo apoio aos governadores destas três unidades da federação, reconhecendo a importância delas no contexto econômico.
AÇÃO CONJUNTA DE SECRETÁRIOS DE AGRICULTURA
Os secretários de Agricultura de Rondônia, Evandro Padovani, Paulo Wadt do Acre e Petrúcio Magalhães, Amazonas, elaboraram um plano de ação entregue à ministra da Agricultura, Teresa Cristina, que visa integrar o desenvolvimento regional oferecendo condições para que um estado apoie as necessidades técnicas do outro sem burocracia. Por exemplo: a Emater Rondônia poderá prestar assistência técnica aos produtores rurais do Amazonas e Acre e vice-versa onde existir necessidade.
O plano para o desenvolvimento regional de Amazonas, Acre e Rondônia, editado como “AMACRO”, busca integrar de maneira total os três estados com tecnologia desenvolvida pela Embrapa, semelhante aos que já existem em outras regiões do País.
Para os produtores rurais e pecuaristas, acreanos, como Vagner Álvares que trocou Mato Grosso do Sul para produzir café e bovinos da raça Senepol no Acre, bem como o presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária Acreana, Assuelo Veronez, a união de forças é o caminho mais curto para desenvolver com qualidade o agronegócio nestes estados.
Segundo Petrúcio Magalhães, as ações a serem colocadas em prática, principalmente pela agricultura familiar e produtores rurais que habitam comunidades isoladas passa a revelar outra realidade com um sentido social muito mais amplo. Na opinião de Evandro Padovani, essa integração entre órgãos governamentais visando os pequenos produtores rurais, ajudará a fixar as famílias em suas propriedades. No ponto de vista de Paulo Wadt, a integração regional vai modificar o panorama econômico desta região.
EVENTO POSITIVO PARA REGIÃO
Na verdade, a 46ª Expoacre, que encerra no final de semana, serviu para encontros e decisões importantes para o futuro do agronegócio envolvendo os três estados como frisou o anfitrião Gladson Cameli: “os governadores do passado, olhavam somente para o próprio umbigo, nós fomos eleitos para fazer diferença apoiando quem trabalha e produz”.
No mesmo diapasão, Marcos Rocha lembrou que tanto Rondônia como Acre e Amazonas, “possuem milhares e hectares de terras que podem ser incluídas no setor produtivo sem que seja necessário derrubar uma árvore”.
Wilson Lima assegurou que vêm trabalhando para integrar, grandes e pequenos produtores rurais.
Com rebanho bovino superior a 23 milhões de cabeças, a soja, o milho, o peixe e o café, assim como agricultura familiar deslanchando com força, os três governadores se preocupam, entre outros temas, em desenvolver a regularização fundiária para gerar ainda mais desenvolvimento do agronegócio na região. Eles conhecem que o titulo definitivo da terra representa o CPF da área e que o produtor rural necessita dele para obter financiamento bancário para custeio e investimentos, gerando riqueza e segurança jurídica no campo.
Fonte:SECOM