Recusa em apoiar Estado de Sítio fez com que ministro da Defesa fosse demitido, diz site

O jornalista Ricardo Kotscho, em sua coluna no site UOL, afirmou que a razão pela qual o presidente Jair Bolsonaro demitiu sumariamente Fernando Azevedo e Silva, o então ministro da Defesa foi por Azevedo e Silva não apoiar a tentativa de Bolsonaro de decretar o Estado de Sítio, de acordo com as fontes militares ouvidas…
Recusa em apoiar Estado de Sítio fez com que ministro da Defesa fosse demitido, diz site

O jornalista Ricardo Kotscho, em sua coluna no site UOL, afirmou que a razão pela qual o presidente Jair Bolsonaro demitiu sumariamente Fernando Azevedo e Silva, o então ministro da Defesa foi por Azevedo e Silva não apoiar a tentativa de Bolsonaro de decretar o Estado de Sítio, de acordo com as fontes militares ouvidas pela coluna do jornalista.

O desejo de Bolsonaro era que as Forças Armadas fizessem pressão sobre o Congresso para aprovar o Estado de Sítio, que suspende as garantias individuais e concede plenos poderes ao presidente da República. O estado de exceção já vinha sendo planejado pelo mandatário há várias semanas, pois em seu fracasso na gestão da pandemia da covid-19 ele poderia anunciar a chegada do caos e implementar a medida extrema.

Azevedo e Silva tentou convencer Bolsonaro que as Forças Armadas não são instituições de Governo e sim de Estado, porém o líder do Executivo estava com a ideia fixa de pôr em prática o seu plano de um autogolpe.

Dança das cadeiras

O desejo não realizado do ocupante do Palácio da Alvorada de decretar um Estado de Sítio foi o que também o levou a demitir o advogado-geral da União, José Levi do Amaral Junior. Levi não quis assinar a ação de Bolsonaro contra os governadores no Supremo Tribunal Federal (STF), o Supremo recusou a ação que foi entregue semana passada somente com a assinatura de Jair Messias Bolsonaro. André Mendonça, que era o ministro da Justiça e Segurança Pública, foi para o lugar de José Levi. Agora o Ministério da Justiça será comandado pelo delegado da Polícia Federal Anderson Torres, que ocupava o cargo de Secretário Nacional da Segurança Pública, agora ele deve ficar encarregado da coordenação das Polícias Militares.

Eduardo Pazuello

Outro motivo que também contribuiu para a demissão de Azevedo e Silva foi sua negativa em assinar a promoção de Eduardo Pazuello, o ex-ministro da Saúde. Bolsonaro queria que o aliado fosse promovido a general de quatro estrelas.

Segundo informações do colunista, com essa intensa troca de postos, Jair Bolsonaro dá mostra de que não admite ser contrariado e a impulsividade de Jair Bolsonaro é algo que já vinha causando preocupação entre os militares.

A intenção do presidente com os novos arranjos é se cercar de aliados tão fieis quanto eram Eduardo Pazuello e Ernesto Araújo, o ex-ministro das Relações Exteriores que pediu demissão na segunda-feira (29).

Porém o caso de Araújo não se trata de não cumprir cegamente as ordens de Bolsonaro, o chanceler há dias vinha sendo criticado pelos políticos do Centrão que pediram sua saída do governo por Araújo atrapalhar as negociações com nações aliadas nos negócios e também não apresentar resultados na aquisição de vacinas.

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