Rapper Hungria fala sobre sua relação com causa autista após receber título de Cidadão Benemérito: ‘Não é frescura’
O Encontro com Patrícia Poeta desta sexta-feira (12) recebeu o rapper Hungria. Além de cantar para o público, Hungria falou sobre sua relação com causa autista. Há duas semanas, ele recebeu o título de Cidadão Benemérito de Brasília da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Hungria é padrinho de uma menina com autismo e contou que começou a se interessar mais pela causa.
“A Alice me trouxe para esse mundo dela e para essa magia. Eu acho que o que mata o ser humano é ignorância. Ignorância é falta de conhecimento. Então, muitas vezes a gente escuta: ‘ah, é frescura, isso é birra’. As pessoas não entendem. O autismo não é frescura. É apenas uma textura de viver a vida diferente. O autismo não é uma doença porque ele não tem cura, então o que pode tratar isso é um abraço, um olhar diferente, um olhar de aconchego”
Hungria também falou do show que fez em que usou um moletom em prol da visibilidade da causa autista. “Eu e o Alok, a gente estava fazendo um espetáculo e eu levantei um casaco que estava escrito ‘lute como a mãe de autista’. Então a gente recebeu esse título aí. Eu tenho total convicção que, se Deus me deu esse dom, é porque a música tem uma responsabilidade muito grande sobre a mensagem que eu vou passar. Acho que a música é bem mais que eu vou cantar”, disse.
“Eu acredito que todo mundo já ouviu falar mas, de fato, quando a gente tem uma pessoa autista na nossa família, a gente tem total noção da dificuldade que é. A gente não tem noção nenhuma do preço que uma mãe paga, psicologicamente, financeiramente com aquela criança. E o que, na minha opinião, pode mudar isso é o que poderia também mudar a vida de 90% da molecada que vem de onde eu vim, que chama oportunidade e inclusão”