Projeto Tamar registra morte de 157 tartarugas marinhas em 15 dias
Biólogos suspeitam que animais tenham morrido nas redes de arrasto.
Do total, 89 foram encontradas no litoral sergipano.
O Projeto Tamar de Sergipe divulgou nesta segunda-feira (30) o balanço das mortes de tartarugas marinhas registradas na área de cobertura do projeto entre Sergipe e o litoral baiano, até o município de Sítio do Conde. Só na segunda quinzena de janeiro foram encontradas 157 tartarugas. Biólogos suspeitam que animais tenham morrido nas redes de arrasto.
De quarta-feira (25) até segunda-feira (30) foram 51, 33 delas em território sergipano. Segundo os biólgos dos projeto, 44 eram da espécie oliva, quatro da verde, uma da pente e duas delas não foi possível identificar a espécie, devido ao avançado grau de decomposição..
Os biólogos suspeitam que as mortes desses animais estão relacionadas com a liberação da pesca com rede de arrastos, liberada em Sergipe desde o dia 16 de janeiro. No período do defeso, de 1º de dezembro a 15 de janeiro, o número de mortes foi bem menor: 55 tartarugas mortas, sendo 40 da espécie oliva.
“A gente fez este levantamento para mostrar que subiu bastante após o retorno da operação das embarcações de arrasto”, conta o biólogo do Projeto Tamar, Fábio Lira Oliveira.
Uma delas apareceu na manhã deste domingo (29) na Praia da Costa, município de Barra dos Coqueiros (SE). Banhistas disseram que por volta das 8 horas ela já estava no local.
A bióloga Marilda Weber, da unidade Pirambu (SE), informou que o animal era um macho adulto da espécie oliva e media cerca de 70 centímetros de altura e o mesmo tamanho de comprimento. “A tartaruga já estava em estado avançado de decomposição e a suspeita é que tenha sido capturada por alguma rede de arrasto, comum na região”, conta Weber.
Na semana passada, biólogos do Projeto Tamar fizeram uma reunião no município de Pirambu (SE), com pescadores e representantes do Ministério Público Federal (PPF) e Ministério da Pesca, para tratar da problemática. “Esta sendo formado um grupo para minimizar os impactos da pesca de arrasto”, informou o biólogo Fábio Lira.
Fonte: G1