Programas focam na melhoria do ensino e redução da evasão escolar em Rondônia
Governo quer reduzir evasão escolar
Para evitar e reduzir os índices de abandono e evasão escolar em Rondônia, o governo do estado trabalha em programas voltados ao incentivo de progressão dos alunos, correção de fluxo escolar e reordenamento gradativo.
De acordo com estudo Políticas Públicas para a Redução do Abandono e Evasão Escolar de Jovens, da Instituição de Ensino Superior Brasileira (Insper), no Brasil há cerca de 10 milhões de jovens entre 15 e 17 anos que deveriam estar frequentando a escola, mas 21% desse número estão fora da vida escolar.
Em Rondônia, foram 204.382 alunos matriculados em 2017 na rede pública estadual, com maior quantidade registrada nos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, com 84.904 estudantes matriculados. O segundo grupo de maior quantidade de alunos matriculados no último ano foi do ensino médio, com 52.791.
Segundo a gerente de Controle, Avaliação e Estatísticas da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Aparecida Meirelles, desde 2015, o programa de reordenamento começou a organizar as instituições por competência entre as esferas municipal e estadual. “A lei diz que é de competência municipal a educação infantil, e o estado deve gerir a educação do ensino médio. O ensino fundamental deve ser de competência de ambas as esferas de maneira cooperada”, explica.
Desde então, 17 municípios já estão organizados, inclusive a capital, mas gradativamente as demais cidades estão se alinhando à proposta. “Ainda temos escolas estaduais de educação infantil (427 alunos matriculados), e muitas de educação dos anos iniciais, que é do 1º ao 5ª ano (30.857 alunos matriculados), mas aos poucos essa realidade vai mudando, o que já reflete na qualidade do ensino, dá mais foco para a gestão escolar e evita a repetência e a evasão”, completa a gerente.
Aparecida acrescenta que a maior incidência de casos de abandono (quando o aluno desiste no ano letivo em curso) e evasão escolar (quando o estudante não volta mais à escola para rematrícula) é após a repetência. “Para isso temos a Progressão Parcial, quando o aluno do 6° ano do ensino fundamental até o 2º ano do ensino médio, tem uma oportunidade de avançar, mesmo repetindo em até três disciplinas”.
As escolas estaduais, em 2017, cresceram na inserção do programa de progressão. “Ele vai trabalhar os mesmo conteúdos que teve dificuldade no ano anterior e que o levaram à reprovação, enquanto cursa o ano seguinte, sem prejuízos ao seu tempo escolar, emocionais, e nem para o estado que investiu para que ele avançasse. Ambas as partes são beneficiadas, e nos temos amparo legal para trabalhar desta forma que só traz melhorias para a rede de ensino. Um aluno reprovado é um possível desistente, e assim nós vamos driblando e vencendo essas ameaças”, declara a gerente.
Outro trabalho realizado desde 2013 nas escolas é a correção de fluxo, eliminando as distorções que existem entre a idade do aluno e a série que está cursando, muito comum na área rural, onde os alunos entram tardiamente nas escolas, ou por repetência. Três projetos atendem à iniciativa. Para o ensino fundamental do 1° ao 5° ano, os projetos “Se liga” e “Acelera Brasil” já atenderam até 2017 o total de 9.706 alunos.
Somente em 2017, foram 3001 alunos beneficiados, em 28 municípios do estado, com a disponibilização de 155 professores. Ao final deste ano, os alunos estarão formados para o início do ensino médio.
Da mesma forma, o projeto “Salto”, em sua 3ª etapa de desenvolvimento, teve 2.111 alunos beneficiados em 2017, em 106 turmas, de 27 diferentes cidades de Rondônia. Todos se formarão no nível fundamental no final deste ano, sendo adequadamente encaminhados para o ensino médio.
Fonte:SECOM