Produtores investem em matrizes leiteiras após receber empréstimo no Banco do Povo inaugurado em Monte Negro
O Banco do Povo é para atender as pessoas que não tem acesso ao crédito fácil nos outros bancos”, disse o governador Confúcio Moura.
Juros baixos, carência para começar a pagar e facilidade de acesso ao crédito foram os elementos necessários para 15 produtores de leite recorrer a empréstimo junto ao Banco do Povo, inaugurado na quinta-feira (17), em Monte Negro. A agência liberou R$ 120 mil em linha de crédito atendendo a demanda inicial dos sitiantes da agricultura familiar.
“Já não tinha mais esperança em conseguir o dinheiro emprestado nos bancos da cidade devido à burocracia. No Banco do Povo tudo foi muito simples e rápido”, disse Luciene da Silva Araújo, uma das contempladas com o empréstimo de R$ 8 mil que será aplicado na aquisição de matrizes leiteiras.
Luciene informa que a média produtiva por animal no atual rebanho é de cinco litros por dia. “Vamos investir o dinheiro em animal de qualidade visando o aumento da produtividade”, explica o esposo dela, João Pereira de Araújo, vislumbrando a aquisição de vacas que produzam diariamente 20 litros cada.
“Nosso desejo é pagar logo esse dinheiro e pegar mais no banco do Povo”, anima-se João Araújo.
A 35ª unidade do Banco do Povo abriu as portas em Monte Negro na avenida Marechal Rondon, 2449, no Setor 1, com duas linhas de crédito especiais ao setor produtivo e outra de microcrédito destinada a profissionais da economia informal urbana.
“Os juros são competitivos, os empréstimos podem chegar a até R$ 10 mil por pessoa e a carência para o primeiro pagamento varia de cinco meses a um ano”, detalha a agente financeiro Jucélia Wacheiski, responsável pelo banco do Povo em Monte Negro.
No ato inaugural, o diretor-executivo da Superintendência Estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedi), Pedro Teixeira, destacou a facilidade de acesso ao crédito a quem de fato necessita. “O microcrédito chega com facilidade à camada popular com menor burocracia e baixas taxas de juros”, disse Teixeira, ao lembrar que esta ação do governador Confúcio Moura iniciou em Ariquemes.
“O Banco do Povo é diferente. É o banco que atende quem não é atendido em outros bancos. Qualquer cidadão tem acesso ao crédito. É aqui que a gente empresta”, destacou o governador Confúcio Moura, referindo a profissionais como costureiras, pedreiros, mecânicos, salgadeiras e outros que dificilmente conseguem empréstimos com facilidade nas instituições financeiras tradicionais.
O governador reforçou que o banco do Povo proporciona benefícios para o aquecimento da economia dos municípios com a liberação de microcrédito e linhas de financiamentos para melhoramento do rebanho leiteiro, custeio e a moeda social digital. “Em breve vamos lançar o aplicativo do Banco do Povo, é o banco digital nos celulares”, anunciou Confúcio Moura.
Em 15 das 35 unidades do Banco do Povo em Rondônia já foram movimentados R$ 25 milhões em 6 mil operacionalização de crédito. “O Banco do Povo gera renda de maneira fácil, muda vidas”, disse o diretor da unidade financeira Arnaldo Campos, acrescentando que 5 mil empregos diretos foram gerados a partir da implantação das agências bancárias.
Dirceu Caetano da Silva ainda não foi contemplado com a linha de crédito, mas já elaborou o projeto e vai financiar R$ 5 mil para reformar as cercas. “Primeiro vou preparar a área, mais tarde faço novo empréstimo e compro vacas leiteiras”, disse o produtor de leite Dirceu da Silva, anunciando que vai contar aos vizinhos sobre a facilidade do acesso ao crédito no banco do Povo.
A produtora Márcia Silvestre Vidal Pereira quer dobrar a produtividade leiteira. “Vou comprar vaca que me traz retorno. Cansei dessa vida de muito trabalho e pouco resultado”, disse a sitiante, que já adquiriu duas vacas que produzem juntas 40 litros de leite por dia.
Otimista com o empréstimo e orientada pelos técnicos da Emater sobre o manejo correto do gado leiteiro, Rivani Pereira da Silva sabe certinho como vai aplicar o dinheiro empresado no banco do Povo. “O leite é nosso ganha-pão, por isso precisamos investir com tecnologia no gado leiteiro”, explica Rivani.
Fonte:SECOM