Pedro Geraldes Martins Verdelho nomeado pelo Governo para vogal da ERSE
Em comunicado, o gabinete do ministro do Ambiente e da Transição Energética anunciou hoje a escolha do engenheiro, que foi diretor de tarifas e preços na ERSE.
A Comissão de Recrutamento e Seleção da Administração Pública “considerou o perfil de Pedro Geraldes Martins Verdelho adequado às funções a desempenhar”, depois de o ministério de Matos Fernandes ter solicitado um parecer sobre a avaliação curricular e adequação de competências.
Foi ainda solicitada a audição prevista na lei à Comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, acrescentou o comunicado.
Doutorado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, Pedro Geraldes Martins Verdelho foi diretor de tarifas e preços na ERSE, de 1999 até 2018.
“Foi igualmente docente universitário e investigador na área da energia e é autor de um número significativo de trabalhos científicos sobre o tema da eletrotecnia”, lê-se no comunicado hoje divulgado pelo ministério.
O mesmo comunicado referiu que o nomeado para vogal completou o Curso de Defesa Nacional, frequentou diversas ações de formação de liderança, negociação e gestão de equipas, tendo participado em várias conferências nacionais e internacionais.
Em 26 de outubro, o ministro Matos Fernandes informava que o novo nome escolhido para o cargo de vogal da ERSE seria divulgado no mês seguinte.
“Estamos de facto à procura de uma nova pessoa como vogal da administração da ERSE. Só divulgaremos esse nome depois de ter sido convidado, ter sido aceite e de o currículo ter sido aprovado pela CRESAP [Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública]”, disse, nessa altura, João Pedro Matos Fernandes à agência Lusa à margem da sessão de apresentação do plano estratégico para o setor da fundição.
Dias antes, o vice-presidente da bancada socialista Carlos Pereira tinha renunciado à nomeação pelo Governo para o cargo de vogal da ERSE, depois de a comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas ter votado desfavoravelmente o seu nome, num parecer que não era, contudo, vinculativo.
Em comunicado, o deputado socialista eleito pelo círculo da Madeira explicou que a decisão de renunciar aconteceu “depois de ter tomado conhecimento do relatório da responsabilidade do PCP” – documento cujo teor critica.
Este documento com parecer desfavorável à sua nomeação para vogal da ERSE foi aprovado na comissão parlamentar, contrariando o parecer da CRESAP.
A proposta de parecer desfavorável à nomeação de Carlos Pereira foi elaborada pelo deputado do PCP Bruno Dias e foi apoiada por todos os partidos, com exceção do PS.
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