Pazuello pede para deixar ministério por problemas de saúde, diz jornal; cardiologista é cotada para assumir cargo

Pazuello pede para deixar ministério por problemas de saúde, diz jornal; cardiologista é cotada para assumir cargo

Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello
09/06/2020
REUTERS/Adriano Machado

SÃO PAULO – O ministro da Saúde Eduardo Pazuello teria pedido afastamento do cargo para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), segundo informações do jornal O Globo. Segundo o jornal, o general teria comunicado estar com problemas de saúde e que precisaria de tempo para se reabilitar.

Ao canal de televisão CNN Brasil, Pazuello disse que não está doente e que continua no cargo “até que o presidente da República peça o cargo”. Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que “o ministro Eduardo Pazuello segue à frente da pasta, com sua gestão empenhada nas ações de enfrentamento da pandemia no Brasil”.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, a cardiologista Ludhmila Hajjar, do Incor e da rede de hospitais Vila Nova Star, foi à Brasília neste domingo (14) para conversar com o presidente da República no palácio do Alvorada.

Bolsonaro teria conversado com a médica sobre a possibilidade de assumir a pasta, mas, segundo informações da colunista da Folha, não bateu o martelo sobre a mudança. O atual ministro Eduardo Pazuello também teria participado do encontro e aprovado o nome da cardiologista.

Ludhmilla se especializou no tratamento da Covid. A médica tratou do próprio Eduardo Pazuello quando o ministro da Saúde contraiu a Covid-19, em outubro de 2020. Além dele, atendeu os ministros Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, e Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), além dos ex-presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.

A médica é favorável à vacinação em massa no país, além de defender o isolamento social como medida de controle ao avanço da pandemia de Covid-19.

A possível troca de Pazuello por Ludhmila já repercute em Brasília. No Twitter, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, elogiou o nome de Ludhmila Hajjar:

Espero e torço para que, caso nomeada ministra da Saúde, consiga desempenhar bem as novas funções. Pelo bem do país e do povo brasileiro, nesta hora de enorme apreensão e gravidade. Como ministra, se confirmada, estarei à inteira disposição.

— Arthur Lira (@ArthurLira_) March 14, 2021

Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) afirmou à Folha de S. Paulo que a cardiologista será “ponte de todos os Poderes e setores”.

Se a troca na pasta for confirmada, o país teria seu quarto ministro da Saúde desde o início da pandemia, em março de 2020. Antes de Pazuello, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich ocuparam o cargo.

Ainda segundo O Globo e a Folha de S. Paulo, o presidente Bolsonaro vem sendo pressionado por integrantes do Centrão para promover a saída de Pazuello do Ministério da Saúde, por conta da má gestão da pasta durante o período da pandemia de coronavírus.

Segundo o jornal carioca, além de criticarem o trabalho do general na Saúde, os parlamentares disseram que o retorno de Lula à disputa ao Planalto faz o bloco ganhar força para pedir mais espaço na Esplanada dos Ministérios.

O pedido de afastamento de Pazuello aconteceria no pior momento da pandemia no país. No sábado (13), o Brasil registrou o 15º dia seguido com recorde na média móvel de mortes por conta do coronavírus: segundo dados de consórcio de veículos de imprensa, nos últimos sete dias, 1.824 pessoas foram vítimas da doença.

Das 20h de sexta (12) até às 20h do sábado, foram notificadas 1.940 novas mortes, somando 277.216 desde o início da pandemia.

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