Opinião Jogo Aberto – 27 de Agosto de 2019
Macron queria algo? Está de parabéns: conseguiu subir o preço do vinho.
Macron não conseguiu muito na reunião do G7. Ficou praticamente sozinho. Ele queria levantar o mundo contra o Brasil e continuou falando sobre um status internacional para Amazônia, se ela estiver prejudicando o mundo. Vejam só: 20 milhões de amazônidas, o que você estão fazendo com o mundo, segundo Macron.
O que ele queria mesmo é ver subir a popularidade dele na França. Mas a única coisa que subiu na França, segundo a agência de pesquisas Standard & Poor’s, foi o preço e valorização do vinho da uva pinot noir da Borgonha.
Foi a única coisa que aconteceu. De resto, Macron está lidando com as eleições: a direita subiu e ele está com grande rejeição. Os agricultores do país, que não tem mais nem um metro quadrado para expandir, devem estar reclamando do perigo que é o acordo Mercosul-União Europeia.
Já a agricultura e a pecuária brasileira têm sim espaço para expandir e ajudar a alimentar o mundo, além de alimentar o Brasil. Nós não ocupamos nem 0,1% do território para produzir alimentos.
Outra coisa que é bom esclarecer é que, segundo os amazônidas, que conhecem habitualmente as queimadas anuais da Amazônia, eles falam: “Você já viu uma foto verdadeira de queimada, queimando árvore em pé?” Não, nunca vimos. A floresta por dentro é inexpugnável.
Segundo disse um deles, pode jogar um caminhão de gasolina lá dentro que só vai queimar o caminhão de gasolina porque é a floresta úmida, a Rain Forest. Primeiro precisaria derrubar, deixar secar por meses e só então tacar fogo. Essa é a limpeza para roça que os brasileiros em geral aprenderam da coivara indígena, essa técnica praticada até hoje por indígenas e brasileiros inteiramente independentes da Funai.
É isso que acontece. Mas se isso está sendo exagerado é preciso preservar, sim, a floresta. Tomara que a Confederação Nacional da Indústria, da Agricultura, a indústria da carne e a pecuária tomem a iniciativa, também, de cuidar disso e fiscalizar a lei.
Despachando sobre pedidos de liberdade, os ministros do Supremo mantiveram presas duas figuras que ficaram conhecidas nacionalmente.
O médium João de Deus, que está preso desde dezembro acusado de abuso sexual, vai continuar preso. Pediram a liberdade dele dizendo que ele estava doente. E também vai continuar preso o político, ex-presidente da Caixa e ex-ministro do governo do PT Geddel Vieira Lima. Está preso no presídio da Papuda, onde está desde setembro do ano passado, já faz quase um ano.
Ele vai continuar preso por causa daquele dinheirão todo, parece que eram R$ 52 milhões dentro de pacotes e malas naquele apartamento de Salvador.
Foi presa uma senhora, a dona Dora Dias, de Santa Rita do Passa Quatro (SP). Porque um casal vizinho a denunciou porque os quatro galos dela estavam cantando cedo demais de madrugada e tirando o sono dos vizinhos.
Ela acabou presa. Levou uma sentença de 25 dias na prisão. Certamente a pena vai ser convertida, mas certamente não para comprar ração para galináceo. Olha a ironia. Santa Rita do Passa Quatro foi de onde saiu um tico-tico que acorda o mundo sempre que se fala em Brasil. O tico-tico no fubá do Zequinha de Abreu.
Por Marco Aurélio