Opinião Jogo Aberto – 15 de Outubro de 2019
Crise partidária.
Facções do PSL lembram o que de pior tinha o PT
O presidente Jair Bolsonaro vai entrar com advogado na Justiça Eleitoral para ver se consegue abrir a caixa-preta – como ele chama – do PSL dos últimos cinco anos. Há uma briga entre ele e o presidente do partido sobre o uso de uma soma muito maior do que o partido tinha.
O PSL era um partido nanico. Quando abrigou a candidatura de Jair Bolsonaro teve 58 milhões de votos e cresceu. Hoje é um dos maiores partidos do país. O PSL tem direito a cerca de R$ 100 milhões de fundo eleitoral. Todo mundo ficou de olho neste belo fundo eleitoral.
O presidente está exigindo que o fundo seja usado de forma transparente na estruturação do partido para se preparar para as eleições municipais do ano que vem e assim se formar realmente uma base sólida que não dependa só dele. Fazer isso está difícil porque a cobiça vai longe.
Hoje a gente tem quatro grupos dentro do partido. Parece o PT dos tempos em que estava no poder e tinha facções com nome. O primeiro grupo é o que está com o presidente e está correndo risco.
Se muita gente deixar o partido, de um modo ou de outro, pode ser enquadrado na lei partidária e ser punido. Tem gente que está correndo esse risco, mas está com o presidente onde é que ele esteja.
O segundo grupo é o que está receoso. Esses querem ficar com o presidente, mas têm medo de perder voz, espaço e força.
Eles estão indecisos. Em terceiro lugar é o grupo que vai deixar a corda esticar até o fim para ver de que lado fica – eles vão ficar do lado mais seguro e forte dessa luta.
Por fim, tem o pessoal que está com o presidente do partido, Luciano Bivar. Esse é o pessoal que está de olho nos recursos. Eles gostam de administrar, porque nunca conheceram tantos recursos e acham que vão gostar. Esse é o problema dentro do PSL.
No Supremo, quinta (17) vai haver mais um julgamento sobre prisão em segunda instância. Se aprovado, o sujeito que for condenado em segunda instância, depois de ter o recurso negado, ele tem que ir preso.
O STF já decidiu isso, mas vai decidir de novo, são essas coisas da Justiça brasileira. Eles vão decidir sobre a decisão pretérita. Na maior parte dos lugares do mundo o sujeito que é condenado pelo juiz de primeira instância vai para a cadeia e depois recorre.
Se o tribunal conceder o recurso, o sujeito sai da prisão.
Aqui no Brasil é diferente, o sujeito fica até o trânsito em julgado solto, que é até o fim, é até que não tenha mais chances. Paulo Maluf ficou 25 anos esperando para ser preso, agora ele está na prisão domiciliar. É uma coisa incrível a impunidade brasileira prevista em lei.
Fizeram o pacote anticrime para entre outras coisas acabar com a impunidade; pegar corrupto, traficante, assaltante com mais facilidade – porque todos eles têm muitos direitos – e no entanto até o Tribunal de Contas da União impede que o governo faça propaganda desse pacote.
O pacote quer combater o crime, conforme o compromisso do candidato Jair Bolsonaro na campanha eleitoral. O presidente ganhou 58 milhões de votos de gente que quer acabar com o crime, com a insegurança, com o medo, com os assaltos, com as balas perdidas, com os homicídios e sobretudo com a corrupção.
Agora, a Advocacia-Geral da União vai entrar com um recurso no Tribunal de Contas da União para ver se resolve esse impedimento.
É incrível pensar que tem gente torcendo pelo crime e vai contra o endurecimento das leis. Esse endurecimento nem é endurecimento, é uma lei normal. Aqui no Brasil as leis são tão fraquinhas que nós temos o reinado da impunidade.
O óleo que está no Nordeste é petróleo venezuelano e ninguém sabe de onde saiu.
Estão falando em navio fantasma. É um navio clandestino que não tem registro em lugar nenhum, não tem bandeira e faz contrabando.
Será que os nossos aliados estadunidenses não tem imagem de satélite dessa mancha de óleo e descobrem de onde é que veio e de onde é o navio. Seria ótimo se avisassem onde é que está esse navio para dar uma missão para a Marinha brasileira.”
Por Marco Aurélio