Opinião Jogo Aberto – 09 de Setembro de 2019
7 de Setembro mostrou a força da democracia.
O presidente Bolsonaro passou por uma cirurgia de cinco horas. De uma outra vez que um presidente da República passou por cirurgia, não falamos do Tancredo porque o Tancredo não era presidente ainda, não tinha tomado posse, mas vale lembrar do Figueiredo, que foi para Cleveland, nos Estados Unidos, fazer uma cirurgia cardíaca. E foi a imprensa toda, rádio, televisão jornal, revista. É um fato importante uma cirurgia num presidente da República. As outras que ele passou foi como candidato, depois como presidente eleito.
Durou cinco horas, o que significa que deve ter tido muita aderência. E o doutor Macedo é muito cuidadoso, muito bom cirurgião. Certamente foi com a maior lentidão, maior capricho, maior cuidado, para evitar qualquer lesão intestinal. É quando aderem as alças intestinais, ou na parede abdominal ou no próprio intestino. Ainda mais no caso dele, que recebeu uma facada e teve sangue na cavidade abdominal, teve fezes na cavidade abdominal, isso estimula fibrina e começa a grudar tudo.
Certamente, quando tirou a bolsa, já tinha encontrado alguma coisa. Agora colocou uma tela para evitar uma nova hérnia. A hérnia vem pelos vários cortes na musculatura, a musculatura vai se esgarçando enfraquecida. Então vai uma tela para ajudar a musculatura a segurar os intestino.
Ele tá querendo ir pra ONU, no dia 21 ou 22, pra fazer a abertura. Por enquanto, não há luz verde. É só promessa pra que ele possa fazer esse discurso na ONU. Até na véspera da cirurgia a gente viu ele erguer aquele menino Ivan, 9 anos, que tava correndo ao lado do Rolls Royce.
Ele chamou o menino, pegou fazendo esforço abdominal às vésperas da cirurgia para corrigir a hérnia causado, provavelmente, por excessos de esforço.
Foi um 7 de Setembro diferente, de festas mesmo. Vimos uns poucos grupos, mas pelo país houve grupos pequenos, de 50 a 100 pessoas, que queriam fazer um grande protesto vestido de preto – que seria o luto pela democracia.
A gente imagina que, se estão em luto pela democracia, devem ser refugiados cubanos ou venezuelanos. Mas era gente de uma ideologia que é totalitária, onde quer que tenha se implantado, se implantou ditaduras. E fala em luto pela democracia. Comprovando com a manifestação que democracia está forte, tanto que puderam fazer a manifestação contra a festa da independência, sem usar bandeiras nacionais, contra o verde e amarelo. A maior prova de que nós vivemos em um sistema de liberdade democrática.
Mas foi uma festa diferente essa da Independência, porque se tornou mais popular. Vejam só, lá no Oriente Médio se festejou no países de judeus e de árabes a Independência brasileira. Festa nos Estado Unidos. Foi bonito. Isso é muito bom, porque, na verdade, não é a festa de bandeira, de um mapa ou de uma Constituição.
É festa nossa, de nós, 210 milhões de brasileiros mostrando que esse Brasil somos nós. É a soma de cada um de nós festejando 197 anos de que somos livres, independentes, graças aos nossos ancestrais. E teremos futuro graças a nós, que estamos fazendo o futuro dos nossos netos, bisnetos, descendentes, enfim. É responsabilidade nossa, o Brasil é cada um de nós. Isso que temos que pensar da nossa festa, da data máxima brasileira, dia da independência. Dia em que muita gente cantou o hino com lágrimas nos olhos.”
Por Marco Aurélio