Observatório Amazônico disponibilizado base de dados de oito países

Por Agência Brasil
Publicada em 11/10/2021 às 15h41
A Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) lançamentos hoje (10) o Observatório Regional Amazônico (ORA), um centro de referência de informações sobre a biodiversidade, recursos naturais, fauna, florestas e povos da Amazônia.
A ideia é usar uma estrutura para auxiliar no desenvolvimento de pesquisas e análises sobre recursos e sobre a sociodiversidade da região amazônica, de forma a contribuir para processos de políticas públicas de tomada de decisões dos oito países integrantes da OTCA – Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
O observatório contém um acervo de dados tabulados, mapas, conteúdos georreferenciados, material multimídia, documentos oficiais, legislações e publicações acadêmicas oriundos de fontes oficiais de países-membros e de outras instituições que gerem informações sobre a Amazônia. O acesso à é livre tanto em ambiente online como nas instalações físicas, localizada na ferramenta da OCTA em Brasília.
“O observatório já era um desejo países países há 43 anos, anteriores da necessidade de se desenvolver um sistema e mecanismos de cooperação pelo meio de dados e informações ”, diz a secretaria-geral da OTCA, Alexandra Moreira.
Segundo Alexandra, uma iniciativa favorecerá a tomada de decisões para políticas públicas mais responsáveis e inteligentes. “Seremos ferramentas para políticas públicas para cada um dos países-membros. Esperamos desenvolver soluções inovadoras e escaláveis para a gestão dos recursos naturais ”, afirmou.
Entre as instituições brasileiras que compartilharão pelo menos 510 bases de dados está o Laboratório de Produtos Florestais do Serviço Florestal Brasileiro; o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama); o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe); Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações.
O Equador disponibiliza bases de dados do Ministério do Ambiente, Água e Transição Ecológica. Já a Guiana enviará informações sobre exportação de espécies que serão disponibilizadas por meio da Comissão de Conservação e Gestão da Vida Silvestre. Também contribuindo com suas bases de dados o Ministério do Ambiente do Peru e o Serviço Nacional Florestal e de Fauna Silvestre e o Instituto de Investigações da Amazônia Peruana.
De acordo com a OTCA, o observatório terá uma Sala de Situação, que abrigará a Rede Hidrológica Amazônica e a Rede de Monitoramento da Qualidade da Água, além de disponibilizar dados relativos a recursos hídricos e eventos obrigatórios. As informações serão divulgadas por meio de uma plataforma tecnológica.
Uma execução do observatório contou com o apoio do Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW). Segundo o diretor do banco no Brasil, Martin Schroeder, a iniciativa promoverá transparência na gestão de conhecimento.
Melhorar o monitoramento da segurança do comércio internacional de plantas e animais silvestres é um dos objetivos que Schroeder destacou no serviço de lançamento do observatório. A iniciativa visa ainda à implementação de um sistema licenciamento eletrônico para o comércio das espécies cobertas pelos acordos.
O embaixador da Alemanha no Brasil, Heiko Thoms, ressaltou a importância do observatório para a “Conservação e manejo das florestas e da biodiversidade para povos indígenas e comunidades locais, na gestão de recursos e proteção de conhecimentos tradicionais; a gestão integrada e o uso sustentável de recursos hídricos de forma estratégica ”.