Nível do Machado tem menor cota em 10 anos
A exemplo de dezenas de rios da região amazônica, entre os quais rio Negro, Solimões (Manaus) e Madeira (Porto Velho), o maior rio do interior do Estado, o Machado que divide a cidade de Ji-Paraná em dois distritos, também sofre com o período da seca. Na última terça-feira o nível das águas registrou a maior baixa dos últimos 10 anos, 6,26m. O nível mínimo para a sua navegação com segurança é de 6,38m. Em 2016 o nível chegou aos 6,38m.
De acordo com o anotador oficial da Agência Nacional de Águas (ANA), Lucenir Saldanha, que trabalha registrando o nível da água três vezes ao dia, desde que iniciou o trabalho, em 2004, e passa a informação para a citada agência federal, o último nível abaixo do limite de risco foi em 2006. Para ele, o resultado da seca é a falta de chuvas nas cabeceiras do rio que ficam nas regiões dos municípios de Pimenta Bueno e Cacoal. Ele ainda explicou que as últimas chuvas que caíram em Ji-Paraná, não influenciaram em nada a subida da água, já que o solo ainda está muito seco. “O certo mesmo é que enquanto o inverno não chegar de vez, o nível corre risco de baixar ainda mais”, afirmou.
Corpo de bombeiros
Ao tomar conhecimento do fato histórico, o comandante do Corpo de Bombeiros de Ji-Paraná tenente BM Dos Santos se disse preocupado com a situação atual do rio Machado. Segundo ele, quanto mais o nível da água baixar, maior o risco de acidentes com pequenas embarcações, e ainda, casos de afogamentos no Machado e em balneários da região. Ele alerta que além do surgimento de pedras, também aumenta o número dos poços, peixes elétricos e arraias.
“Tudo isso coloca em perigo a vida de banhistas, principalmente, de crianças e adolescentes que não conhecem os pontos chamados críticos do Machado”, alertou.
Fonte: Diario da Amazônia