Milho: Mercado testa ligeiras desvalorizações na manhã desta 3ª feira com foco na safra americana
Na manhã desta terça-feira (18), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) testam ligeiras quedas. Por volta das 9h11 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam perdas entre 0,75 e 1,00 pontos. O vencimento dezembro/18 era cotado a US$ 3,47 por bushel, enquanto o março/19 trabalhava a US$ 3,59 por bushel. As cotações caminham para consolidar a segunda desvalorização consecutiva.
De acordo com informações das agências internacionais, as cotações são pressionadas negativamente pelo avanço da colheita do cereal nos Estados Unidos. Ainda ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicou a colheita em 9% no país, contra a média de 5% na semana anterior.
A perspectiva é que sejam colhidas 376,63 milhões de toneladas nesta temporada. Volume acima do apontado em agosto pelo USDA, de 370,51 milhões de toneladas. A produtividade subiu de 186,62 sacas para 189,65 sacas por hectare.
Confira como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Milho: Em Chicago, mercado fecha pregão desta 2ª em campo negativo de olho na colheita nos EUA
O pregão desta segunda-feira (17) foi negativo aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity ampliaram as perdas durante o dia e finalizaram a sessão com quedas entre 3,50 e 4,00 pontos. O vencimento dezembro/18 era cotado a US$ 3,48 por bushel, enquanto o março/19 trabalhava a US$ 3,60 por bushel.
“Os preços do milho caíram à medida que o progresso da colheita continua para uma safra recorde nesta temporada nos Estados Unidos”, reportou o site internacional Farm Futures.
De acordo com o boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), até o último domingo, cerca de 9% da área semeada havia sido colhida. Na semana anterior, o índice estava em 5%.
Ainda na semana anterior, o departamento americano projetou a safra de milho em 376,63 milhões de toneladas, contra as 370,51 milhões de toneladas estimadas em agosto. A produtividade subiu de 186,62 sacas para 189,65 sacas por hectare.
Enquanto isso, os embarques semanais de milho somaram 1.030,267 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 13 de setembro. O total embarcado de milho chega a 1.708,788 milhão de toneladas.
Mercado interno
No mercado interno, o início da semana foi de ligeiras movimentações aos preços do cereal. Conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Ponta Grossa (PR), a queda ficou em 5,00%, com a saca de milho a R$ 38,00.
Já em Primavera do Leste (MT), o recuo foi de 3,57%, com a saca a R$ 27,00. Em Itiquira, ainda no Mato Grosso, a saca caiu 3,45% e fechou a segunda-feira a R$ 28,00.
Na região de Sorriso (MT), a queda ficou em 2,17%, com a saca a R$ 22,50. Em São Gabriel do Oeste (MS), a desvalorização ficou em 1,64%, com a saca a R$ 30,00. No Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em outubro/18, caiu 2,44% e terminou o dia a R$ 40,00.
“A liquidez segue baixa no mercado interno de milho. Tanto compradores quanto vendedores mostram pouco interesse em negociar”, informou o Cepea nesse início de semana.
Por outro lado, as exportações do cereal permanecem lentas, mesmo com o dólar elevado, “já que os valores estão competitivos no spot nacional”, reforçou o Cepea. Dessa forma, os preços operam de maneiras distintas, influenciadas nas ofertas e demandas regionais.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 4,1252 na venda, com queda de mais de 1%. “O câmbio foi influenciado pela melhora do candidato Jair Bolsonaro (PSL) em pesquisas intenções de votos e ajudado ainda pelo cenário externo, onde o dólar recuava ante as moedas de países emergentes”, destacou a Reuters.