Milho: Focado na safra dos EUA, mercado testa nova desvalorização na manhã desta 4ª feira em Chicago
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta quarta-feira (22) do lado negativo da tabela. As principais posições da commodity exibiam quedas entre 2,25 e 2,50 pontos, por volta das 9h01 (horário de Brasília). O vencimento setembro/18 trabalhava a US$ 3,57 por bushel e o dezembro/18 a US$ 3,71 por bushel.
O mercado dá continuidade ao movimento negativo exibido nos últimos dias. “Os futuros de soja e milho também enfraqueceram, uma vez que uma excursão de safra dos EUA, observada de perto, mostrou perspectivas de produtividade acima da média em dois estados produtores importantes, Nebraska e Indiana”, reforçou a Reuters internacional.
Ainda ontem, o Pro Farmer indicou produtividades entre 147,12 sacas de milho e 214,85 sacas por hectare em Nebraska. A expedição ainda irá percorrer outros estados no cinturão de produção norte-americano. Além disso, o comportamento do clima nos EUA também segue no radar dos participantes do mercado.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: Com queda do trigo e de olho na safra dos EUA, mercado recua pelo 3º dia seguido em Chicago
Pelo terceiro dia consecutivo, os futuros do milho recuaram na Bolsa de Chicago (CBOT). Durante a sessão, as cotações do cereal ampliaram a movimentação negativa e finalizaram o pregão com perdas de 2,25 pontos, uma desvalorização entre 0,57% e 0,62%.
O contrato setembro/18 era cotado a US$ 3,59 por bushel, enquanto o dezembro/18 operava a US$ 3,74 por bushel. O março/19 finalizou o dia a US$ 3,86 por bushel, já o maio/19 trabalhava a US$ 3,93 por bushel.
Conforme dados divulgados pelo portal Agriculture.com, as cotações do milho acompanharam as quedas observadas nos futuros do trigo. As principais posições do cereal caíram mais de 14 pontos, uma perda de mais de 2% nesta terça-feira.
“Os preços mais baixos do trigo estão puxando o milho para baixo, na medida em que compete por espaço na ração”, afirmou Mike North, analista do Commodity Risk Management Group.
Além disso, ao longo dessa semana, as atenções dos investidores estarão voltadas aos números do Pro Farmer, importante expedição que percorre lavouras no Meio-Oeste nessa época do ano e confere de perto as condições da safra.
“Começamos muito bem ontem em Dakota do Sul, mas os rendimentos começaram a baixar quando entramos em Nebraska”, disse Marty Tegtmeier, um fazendeiro em Sumner, Iowa, e um olheiro na excursão.
“Eles tiveram muito calor que prejudicou a colheita de milho durante a polinização”, acrescentou em entrevista ao Agriculture.com.
Em Nebraska, as amostras de campo indicaram um rendimento médio para a cultura do milho em 147,12 sacas por hectare. Podendo chegar a 214,85 sacas por hectare em alguns condados.
Em seu último relatório, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) projetou a produtividade média em 186,62 sacas por hectare. Já a safra foi estimada em 370,51 milhões de toneladas nesta temporada.
Ainda no final da tarde de ontem, o departamento divulgou no final desta segunda-feira que 68% das lavouras do cereal apresentam boas ou excelentes condições. O número ficou abaixo do esperado pelos investidores, de 69% e do indicado na semana anterior, de 70%
Mercado interno
A terça-feira foi de leves movimentações aos preços do milho praticados no mercado doméstico. Em Castro (PR), a saca de milho subiu 5,26% e fechou o dia a R$ 40,00. Em Não-me-toque (RS), o ganho ficou em 2,78%, com a saca a R$ 37,00.
Na região de Panambi (RS), a valorização foi de 2,76%, com a saca a R$ 38,04. Por outro lado, em Jataí (GO), a perda foi de 3,23%, com a saca a R$ 30,00. Em Luís Eduardo Magalhães (BA), a perda foi de 3,13%, com a saca a R$ 31,00.
A postura dos produtores em segurarem as vendas continua a dar sustentação aos preços em plena colheita da safrinha. Em Mato Grosso, maior estado produtor de milho na safrinha, a colheita atingiu 98,91% da área semeada nesta temporada até a última sexta-feira (17).
As informações fazem parte do levantamento semanal divulgado pelo Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). O índice está bem próximo do observado no mesmo período do ano anterior, de 99,62%. Na região Norte do estado, os produtores já finalizaram a colheita do cereal, seguida da região Médio-Norte, com 99,98% da área colhida.
O Deral (Departamento de Economia Rural) informou que cerca de 76% da área cultivada com o milho safrinha no Paraná já foi colhida até o último dia 20 de agosto. 21% das áreas apresentam boas condições, 47% tem condições medianas e 32% registram condições ruins.
Ainda no reporte, o departamento ressaltou que 99% das áreas está em fase de maturação. E 1% ainda se encontra em estágio de frutificação.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou o dia R$ 4,0372 na venda, com valorização de 2,01%. O índice é o maior desde 18 de fevereiro, quando o câmbio chegou a R$ 4,049.
“Os investidores começaram a colocar nos preços a possibilidade de o candidato à Presidência preferido do mercado, Geraldo Alckmin (PSDB), não ir para o segundo turno, já que continua sem ganhar tração na disputa”, destacou a Reuters.
Fonte: Notícias Agrícolas