Marina tem maior queda entre eleitorado feminino
Apesar do esforço da candidata à Presidência Marina Silva (Rede) para se consolidar como a favorita entre as mulheres, foi entre as eleitoras que ela viu sua maior queda nas três últimas semanas, segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada nesta segunda-feira (10).
Marina perdeu seis pontos percentuais entre as mulheres, de 19% para 12% desde a pesquisa anterior, em 20 e 21 de agosto. Entre os homens, a queda foi de quatro pontos percentuais. No total, a candidata da Rede caiu de 16% para 11% das intenções. No levantamento feito nesta segunda (10), Marina ainda perdeu a liderança entre as eleitoras para Jair Bolsonaro (PSL), que tem 17% das intenções de voto femininos.
A pesquisa de agosto havia medido a temperatura justamente após Marina confrontar Bolsonaro no debate da Rede TV, em 17 de agosto, sobre a diferença salarial entre homens e mulheres. A candidata da Rede, contudo, não conseguiu segurar o entusiasmo das eleitoras.
Apesar de ser o candidato com mais intenção de voto entre as mulheres (17%), Bolsonaro tem a rejeição de praticamente metade (49%) do eleitorado feminino, segundo a pesquisa desta segunda-feira. As mulheres representam 52% do total de eleitores.
Desde o fim de agosto, a parcela das mulheres que disse que não votaria de jeito nenhum no candidato do PSL aumentou seis pontos percentuais, de 43% para 49% -apesar do atentado a faca sofrido por Bolsonaro na última quinta-feira (6). O Datafolha entrevistou 2.804 eleitores de 197 municípios na segunda (10), em pesquisa realizada em parceria com a TV Globo.
O segundo nome com maior rejeição entre elas é o de Marina, com 27%, um crescimento de quatro pontos percentuais, que fica dentro da margem de erro de dois pontos para mais ou para menos.
Ciro Gomes, do PDT, que tem investido numa imagem mais soft para combater a pecha de machista, viu sua rejeição entre as mulheres cair de 21% para 16%, enquanto Geraldo Alckmin (PSDB) registrou uma queda de 23% para 19% na oposição das eleitoras.
O petista Fernando Haddad, que até esta segunda era vice do ex-presidente Lula -que está preso e teve sua candidatura vetada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral)- na chapa, foi o que mais cresceu entre as mulheres: seis pontos percentuais, de 3% para 9%. Um consolo para quem perdeu espaço entre o importante eleitorado feminino é que as mulheres se dizem menos decididas do que os homens a quatro semanas das eleições. Enquanto 61% deles dizem que não vão mais alterar o voto até 7 de outubro, 51% delas admitem que ainda podem mudar de ideia.
O Datafolha entrevistou 2.804 eleitores de 197 municípios nesta segunda (10). A pesquisa foi realizada em parceria com a TV Globo. O primeiro turno das eleições está marcado para 7 de outubro, daqui a quatro semanas.A pesquisa está registrada no TSE com o número: BR 02376/2018. O nível de confiança é de 95%. Com informações da Folhapress.
Fonte: noticias ao minuto