Juninho Pernambucano rebate Eurico Miranda e mostra contrato com Vasco
Dirigente disse que meia mentiu ao falar que jogou de graça; ex-jogador mostra documento e diz que assinou pelo salário mínimo, o menor valor permitido por lei
Juninho Pernambucano entrou em campo nesta quarta-feira para rebater Eurico Miranda. O presidente do Vasco disse que Juninho mentiu quando disse que jogava de graça pelo Vasco, em 2011, na gestão de Roberto Dinamite. A declaração foi dada no programa Bola da Vez, da ESPN, veiculado na última terça-feira.
– Juninho Pernambucano é outro, quis aparecer como o cara que estava jogando de graça no Vasco – disse Eurico.
O repórter Cícero Mello então perguntou se era mentira a questão de Juninho dizer que jogava de graça. O dirigente vascaíno, então, reafirmou que era mentira.
– Claro que é (mentira). Agora mesmo tive que acertar com o empresário dele valores que tinham de ser pagos.
Ao Globoesporte.com, Juninho respondeu:
– É só ver o contrato. Joguei pelo salário mínimo porque não podia ser menos. Fui o único jogador a fazer contrato assim – de risco – só ganharia alguma coisa se o clube melhorasse muito na competição. E melhorou. Não fosse isso, não ganharia nada além do mínimo.
O contrato, com vigência de 1 de julho a 31 de dezembro de 2011, mostra que o jogador acertou receber o então salário mínimo (R$ 545) – o menor valor previsto por lei. E que só receberia outros valores como prêmios – se o Vasco fosse campeão brasileiro (R$ 3 milhões), ficasse entre os quatro primeiros (R$ 2 milhões) ou ganhasse o título da sul-americana (R$ 1 milhão). O clube também se comprometia a pagar o aluguel de um imóvel para o jogador, no valor de R$ 15 mil, além de outros benefícios.
(Abaixo trecho do contrato de Juninho com o Vasco)
– Quando cheguei o Vasco estava em nono – e chegamos na última rodada brigando pelo título. Tive dez anos ganhando bem na França e no Catar e vim ganhar R$ 545 no Vasco.
Juninho estreou na oitava rodada do Brasileiro de 2011, quando o Vasco estava na nona posição. O clube acabou sendo vice-campeão – perdendo o título na última rodada para o Corinthians – o que garantiria ao atleta o prêmio de R$ 2 milhões – valor que acabou gerando disputa judicial. O meia ainda jogaria pelo clube em 2012 e 2013.