Jornal Nacional: Conasems alerta para o risco de desabastecimento dos remédios usados para intubação

Jornal Nacional: Conasems alerta para o risco de desabastecimento dos remédios usados para intubação

Hospitais do SUS e da rede particular enfrentam a mesma dificuldade para repor os estoques de medicamentos usados nas UTIs.

Neste momento da pandemia, secretários municipais de Saúde de todo o Brasil temem o risco de desabastecimento de remédios usados para intubação de pacientes.

O hospital de campanha de Ibirité, cidade da Grande BH, tem 18 leitos de UTI ocupados. O estoque do kit intubação zerou e os pacientes só não foram transferidos para uma outra unidade porque a prefeitura porque a prefeitura conseguiu doação de 200 ampolas de um dos medicamentos em uma cidade vizinha. Mesmo assim, o insumo só vai durar uns dois dias.

“São aí uns 3, 4 tipos de sedativos mais críticos para manter o paciente sedado, dormindo, enquanto ele está entubado, que se não o paciente acorda durante o processo de intubação e aí ele pode arrancar o tubo, ele pode não tolerar o tubo”, diz a secretária de Saúde de Ibirité, Carina Bitarães.

Hospitais do SUS e da rede particular enfrentam a mesma dificuldade para repor os estoques de medicamentos usados em UTIs. O Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde informou que Minas e Santa Catarina são os estados com maior risco de desabastecimento, onde os remédios podem acabar em até 48 horas.

“Junto com o ministério e os estados, nós estamos conseguindo fazer com que chegue em 24, 48 horas. Mas assim, é para mais um dia, para mais dois dias, ainda é muito crítico o cenário”, conta o secretário executivo do Conasems, Mauro Junqueira.

O Hospital Luxemburgo, em Belo Horizonte, fechou 10 leitos de terapia intensiva por falta do kit intubação. No Hospital da Baleia, também em BH, contagem regressiva: em três dias não haverá mais sedativos.

Estamos realmente vivendo uma situação de calamidade, uma situação desesperadora”


— Jackson Machado, secretário de Saúde de Belo Horizonte

“Os hospitais estão comprando kits de intubação com aumento de até 500% no preço. Estamos realmente vivendo uma situação de calamidade, uma situação desesperadora”, afirma o secretário de Saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado.

O Ministério da Saúde declarou que distribuiu mais de 8 milhões de medicamentos para intubação aos estados e municípios durante a pandemia, e que dois pregões estão em andamento – além de uma compra direta por meio Organização Pan-Americana da Saúde.

Confira o vídeo da reportagem na íntegra

Via Jornal Nacional 


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