Com um acréscimo diário no número de pessoas infectadas, com a falta de leitos de UTI’s tanto na rede pública quanto na privada, com o estoque de oxiênio e de medicamentos quase no fim, o cenário para que Ji-Paraná possa viver um caos sanitário por conta da Covid-19 está preparado.
Tanto o prefeito Isaú Fonseca (MDB) quanto os vereadores e o comércio temem pelo pior, haja vista que se a situação continuar caminhando do jeito em que está, logo será preciso fazer um fechamento quase que total dos empreendimentos para se evitar um agravamento da situação.
Reuniões estão sendo feitas a semana toda e conversas entre as autoridades nos bastidores mostram o nível elevado de preocupação com o que pode acontecer.
Como Já há um número grande de infectados que a qualquer momento podem evoluir para um quadro mais grave da doença, e não há vagas em UTI’s, e as vagas na capital também estão prestes e ficarem escassas, teme-se por um aumento no número de mortos e no agravemento do drama humano, fato que já é realidade na cidade de Manaus-AM.
Para que possamos não viver esse temido caos, o prefeito e as autoridades estão fazendo um apelo fervoroso às pessoas do município a que mantenham o distanciamento social, usem máscara, álcool em gel e evitem os locais se aglomerações. Medidas de restrição de funcionamento do comércio já foram adotadas desde a última segunda-feira (11), limitando o funcionamento até às 22h.
Números
Ji-Paraná já contabiliza, desde o início da Pandemia, 5.363 casos confirmados, 4.874 curados e 128 mortes. Há ainda um total de 361 pessoas com a doença. Este número de contaminados é quase sete vezes maior do que o número que a cidade vinha contabilizando nos períodos pré campanha eleitoral e pré festas de fim de ano.
Ações de detecção
A prefeitura descentralizou do Hospital Municipal os atendimentos que vinham sendo feitos a pessoas com sintomas da doença. Os exames estão sendo feitos também, desde a última segunda-feira (11), nas Academias de Saúde dos bairros Jardim dos Imigrantes (I Disteito) e BNH (II Distrito). São distribuídas 15 fichas pela manhã e mais 15 à tarde. Como a demanda está crescendo, cogita-se ter um horário de atendimento também à noite.
Enquanto o poder público não puder contar com a colaboração das pessoas no que tange a seguirem as diretrizes sanitárias para se manterem seguras, todo o foco gestacional estará voltado para um só problema fazendo, assim, atrasar todos os demais.
Diário da Amazonia
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