Jaru: Polícia Civil e Ministério Público monitoram páginas anônimas no Instagram usadas para cometer crimes

Uma página anônima no Instagram, intitulada “@destaks_ciajaru”, tem causado grande alvoroço em Jaru. O perfil, que se dedica a expor supostas intimidadas e ataques de moradores da cidade, já acumulou 10 mil seguidores em poucos dias. O conteúdo divulgado de forma criminosa gerou temor entre os cidadãos, muitos dos quais receberam vítimas de difamação.

Um fato intrigante é que a página intercala essas postagens difamatórias com conteúdo enaltecendo candidatos da coligação encabeçada pelo Partido Liberal (PL) em Jaru. Essa mistura de crimes com propaganda política tem levantado suspeitas sobre os verdadeiros interesses por trás do perfil.

Até o momento, pelo menos 20 vítimas registraram boletins de ocorrência na UNISP (Unidade Integrada de Segurança Pública) relatando que foram alvo de lesões e divulgação na página. Em resposta, as autoridades estão monitorando de perto a atividade de contato e prometem agir para identificar e punir os responsáveis.

O Promotor de Justiça, Dr. Victor Ramalho Monfredinho, já está ciente das ações da página e orienta as vítimas a protocolarem denúncias na ouvidoria do Ministério Público ou a registrarem ocorrências diretamente na UNISP. Segundo ele, é fundamental que as vítimas tomem as medidas necessárias para que o órgão (MP) possa trabalhar e os responsáveis ​​sejam devidamente punidos.

Por sua vez, o delegado da Polícia Civil, Dr. Salomão de Matos, informou que a polícia já está monitorando suspeitos de serem os administradores da página. Ele destacou que a polícia possui recursos para identificar os autores, que poderão ser indiciados por uma série de crimes, incluindo difamação, injúria e calúnia, crimes que podem resultar em penas de até seis anos de prisão.

Além disso, o delegado alertou que qualquer pessoa que contribua com a página, enviando cartas que exponham outros cidadãos, como casos de traição, agressão ou outras formas de difamação, também poderá responder criminalmente.

(ATUALIZAÇÃO: A PAGINA FOI RETIRADA DO AR)