Irã nomeia novo comandante de unidade especial da Guarda Revolucionária
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, nomeou um novo comandante da Força Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária iraniana, após a morte de Qassem Soleimani. De acordo com um comunicado de seu escritório, o chefe da unidade especial agora é o major-general Esmail Qa’ani.
(CORREÇÃO: o G1 errou ao informar que Esmail Qa’ani foi nomeado chefe da Guarda Revolucionária do Irã. Na verdade, ele será chefe da Força Quds, unidade de elite da guarda que era comandada por Qassem Soleimani. O chefe da Guarda Revolucionária do Irã é Hossein Salami, que foi apontado para o cargo em abril de 2019. A informação foi corrigida às 7h52.)
“Após o martírio do glorioso general Qassem Soleimani, nomeio o brigadeiro-general Esmail Qaani comandante da força Quds”, declarou Khamenei em comunicado publicado em seu site oficial. “Qa’ani serviu por anos ao lado de Soleimani. Tem sido um dos comandantes mais importantes da Defesa Sagrada e serviu com o comandante mártir por muitos anos”, acrescentou.
A unidade militar de elite – considerada uma organização terrorista pelos Estados Unidos – administra as operações do Irã no exterior.
A nomeação de Qa’ani ocorre enquanto os líderes iranianos prometem vingança.
O brigadeiro-general Ramazan Sharif, porta-voz da Guarda Revolucionária, disse que os Estados Unidos irão receber “uma resposta esmagadora”.
Em uma entrevista à Press TV, financiada pelo Estado iraniano, Sharif disse que a morte de Soleimani “fortalecerá ainda mais essa frente de resistência” e “não interromperá a luta dos muçulmanos contra americanos e sionistas … na verdade, injetou sangue novo”.
Qa’ani se tornou vice-comandante da unidade de elite, braço no exterior da Guarda Revolucionária do Irã, em 1997, quando Soleimani tornou-se o principal comandante militar do país. Em 2017, Qa’ani afirmou, segundo a mídia iraniana, que as ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, contra o Irã trariam “danos à América”. “Nós enterramos muitos… como Trump e sabemos como lutar contra a América”.
G1