Apesar do futebol ainda ser considerado um esporte “masculino”, tendo a desigualdade de gênero como uma pauta a ser debatida, o Brasil é um berço de grandes talentos femininos. E a partir da paixão por futebol é que a atleta Amanda Lyssa de Oliveira Crisostomo, a Amandinha, tornou-se a melhor atleta de futsal do mundo por sete vezes seguidas. Atualmente a atleta é ala no time lageano Leoas da Serra.
>> Projeto “Ser mulher é” destaca o poder transformador da educação no empoderamento feminino
Natural de Fortaleza, capital do Ceará, Amandinha já soma 11 anos de dedicação ao futebol profissional. Com 26 anos, a atleta é admirada por muitos, e sua história serve como inspiração para centenas de garotas que veem seu futuro no esporte.
Ela recebe inúmeros relatos sobre como sua história faz com que pessoas acreditem nos seus sonhos, especialmente no esporte, já que as pessoas lhe associam ao futebol.
— Eu me sinto lisonjeada, feliz, especial, e ainda mais motivada a querer ser melhor. As mulheres me inspiram, vejo o quanto somos fortes para enfrentar todas as dificuldades absurdas que a sociedade nos impõe — destaca Amandinha.
Apesar das principais instituições em prol dos direitos humanos reconhecerem a importância da mulher em vários setores da sociedade, elas ainda estão distantes de conquistar seu espaço, em especial no esporte. Para Amanda não é diferente. Não foi fácil a caminhada, o trajeto foi árduo. Cheio de acertos, mas também de erros cometidos e preconceitos sofridos.
— Escutei muitas vezes que o lugar de mulher era como dona de casa e não jogando futebol. Mas essas dificuldades me serviram de combustível para eu chegar onde eu estou — destaca a atleta.
Ao longo da sua história profissional, a melhor do mundo diz que contou com pessoas muitos especiais.
— Troféus e medalhas passam, enferrujam. Já pessoas, lembranças de bons momentos são eternos. Sou muito “sortuda” por ter ao meu redor, tantas pessoas que me amam e torcem por mim — conta Amandinha.
Paixão como profissão
Atleta por paixão, fisioterapeuta por profissão, ela ainda não consegue se enxergar longe das quadras.
— Me apaixonei pela Fisioterapia por causa do futsal. É uma profissão incrível, devolve a alegria depois de uma tristeza que é a lesão. Acredito que se algum dia eu ingressar na fisioterapia será para tratar atletas — compartilha Amandinha.
Determinada, Amandinha sempre sonhou ser uma atleta profissional, buscando fazer a diferença onde estivesse.
— Sinto orgulho de sempre ter seguido meu coração, os planos e vontades de Deus pra minha vida. O que conquistei é fruto do meu esforço e de muito trabalho. Acredito que minha ambição em vencer me tornaram diferente. E sim, esse é meu lugar — afirma.
A melhor do mundo nas quadras de futsal sonha pelo reconhecimento e valorização das mulheres no esporte.
— Essa conquista acontece à medida que nós, atletas, clubes e as federações mostramos nosso valor e profissionalismo. Nossa capacidade técnica já está mais que provada — finaliza Amandinha.
Assista o depoimento da atleta para o projeto “Ser mulher é”:
Confira outras histórias inspiradoras no canal “Ser mulher é”.
Leia também
Empresária de Lages inspira mulheres a ocuparem cargos de liderança
Último Pop In da temporada traz dicas para reorganizar a mente e redefinir objetivos
Deixe um comentário