“Há patrõezecos que acham que vivemos num Estado sem lei”
história não é nova. Cristina Marques, funcionária da Fernando Couto – Cortiças S.A., apresentou queixa contra a entidade patronal por esta a ter tentado despedir por extinção do posto de trabalho.
O caso seguiu para tribunal que deu razão a Cristina, obrigando, assim, a corticeira a reintegrar a funcionária. Mas o que Cristina não imaginava é o que o pesadelo estava longe de terminar pois a sua única função passou a ser carregar e descarregar os mesmos sacos de rolhas na mesma palete, durante nove horas, fizesse frio, sol ou chuva.
A situação foi denunciada e a Autoridade para as Condições do Trabalho agiu, tendo autuado a corticeira em 31 mil euros que, por sua vez, também agiu e fez saber, na quarta-feira, que Cristina está suspensa para que se desenrole um processo disciplinar que culminará com o seu despedimento por justa causa.
Para o deputado do Bloco de Esquerda Moisés Ferreira, esta decisão requer, novamente, uma atuação por parte da Autoridade para as Condições no Trabalho que, sublinha, deve ser “corajosa”.
Numa publicação feita na sua conta do Twitter, o bloquista escreve que em “Santa Maria da Feira há uns patrõezecos que acham que vivemos num Estado sem lei”, criticando, desta forma, a corticeira Fernando Couto – Cortiças S.A. localizada em Paços de Brandão.
Quem também não guardou silêncio sobre o tema foi Fabian Rodrigues. Utilizando da mesma forma as redes sociais, o dirigente bloquista afirmou que o “problema dos patrões da Fernando Cortiças S.A. não é com a Cristina Marques”. O “problema”, aponta, é “com os direitos humanos e com as mais elementares regras democráticas do nosso país”.
Face ao exposto e num gesto solidário para com a funcionária em causa, Fabian Rodrigues garante que “hoje, somos todos Cristina Marques”.
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