Frango vivo: mercado firme garante alta em Minas Gerais
Ontem, 8, operando em mercado firme, o produto obteve ajuste de 10 centavos, sendo negociado por R$2,20/kg – valor que se iguala à cotação de referência que vigora em São Paulo desde o final de março passado.
Demorou um pouco (70 dias), mas – enfim! – o frango vivo comercializado em Minas Gerais livrou-se daquela que vinha sendo, até nominalmente, a pior cotação obtida pelo produto nos últimos três anos.
Ontem, 8, operando em mercado firme, o produto obteve ajuste de 10 centavos, sendo negociado por R$2,20/kg – valor que se iguala à cotação de referência que vigora em São Paulo desde o final de março passado.
Nos 70 dias que ficaram para trás, a cotação vigente em Minas Gerais (R$2,10/kg) transformou-se em simples referência. Porque, na maior parte do período, os negócios efetivados tiveram por base descontos que variaram entre 10 e 20 centavos.
Isso começou a mudar no final da semana passada quando, observando-se maior equilíbrio entre oferta e procura, os descontos foram diminuindo paulatinamente. Na segunda-feira, 7, eles desapareceram e, ontem, foi registrado o reajuste.
Efeito da aproximação do Dia das Mães ou a oferta recuou por força das dificuldades que o setor enfrenta desde o começo do ano, mas que passaram a se agravar de março para cá?
Combinada com os salários do mês, a data comemorativa pode, sim, estar influenciando o mercado. Não custa lembrar, entretanto, que quase dez semanas nos separam dos primeiros acontecimentos que potencializaram ainda mais os problemas do setor neste ano. E esse é, aproximadamente, o tempo decorrido entre a produção de um pinto e o abate do respectivo frango. Ou seja: o volume ofertado diariamente começa, efetivamente, a decrescer.
Isso, entretanto, ainda não foi detectado em São Paulo, onde a atuação das empresas integradas é maior e sua presença no mercado de aves vivas se mistura à dos produtores independentes. Por isso, a cotação de referência entre os paulistas permanece inalterada em R$2,20/kg.
Sob esse aspecto, aliás, Minas Gerais – mesmo operando sob a mesma cotação – obtém remuneração melhor que a de São Paulo. É que, entre os mineiros, a cotação de R$2,20/kg funciona de fato. Já entre os paulistas continua sendo uma ficção, pois a maior parte dos negócios é efetivada com 20 centavos de desconto. Mas isto também tende a uma reversão no curto prazo.
Fonte: AviSite