Exportando talentos: Brasil é país com maior número de jogadores atuando no exterior
Tite também está assistindo às transmissões dos jogos antigos, de Copa do Mundo de 1982, na semana retrasada, e da Copa de 1970, cujas reprises terminaram ontem com a vitória do Brasil na decisão contra a Itália, por 4 x 1.
Ele diz sentir sensações misturadas, um pouco da memória afetiva. Na época da Copa do México, Tite era o garoto apelidado de Ade, iniciais de Adenor. Nascido em Caxias do Sul, completou nove anos de idade uma semana antes da partida inaugural, entre México e União Soviética.
Tite prepara a primeira convocação das Eliminatórias. Brasil enfrenta Bolívia e Peru no fim de março — Foto: Reprodução
Em 21 de junho, data da finalíssima no estádio Azteca, ainda não havia se passado um mês de seu nono aniversário — Tite é de 25 de maio.
De todas as memórias misturadas, a que mais lhe ficou foi: “ZAGALLO É MESTRE!”
Incrivelmente, Zagallo dirigiu o Brasil em apenas dez partidas, antes de estrear na Copa do Mundo contra a Tchecoslováquia, em 3 de junho. Eram oito vitórias e dois empates. Contra seleções nacionais de verdade, como manda a estatística da Fifa, foram só cinco adversários: Chile, duas vezes, Paraguai, Bulgária e Áustria. Mesmo os búlgaros vieram ao Brasil com time B e empataram, assim como os paraguaios.
Os outros testes foram contra as seleções amazonense e mineira, Deportivo Guadalajara, Deportivo León e Irapuato, os últimos três já em território mexicano.
Com tão pouco tempo para formar uma equipe, mesmo com 111 dias de preparação, impensáveis nas Copas atuais, não deveria ser mesmo fácil fazer a transição do 4-2-4 de João Saldanha, brilhante nas eliminatórias, mas já acusado de não ser competitivo, para o 4-3-3 moderno visto no México. Dos 19 gols da seleção, melhor ataque da Copa, 12 foram marcados no segundo tempo.
Coisas que confirmam a frase de Tite: “ZAGALLO É MESTRE.”
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