Carlos Ferreira Rocha, ex-gestor de futebol do Cruzeiro, usou as redes sociais para criticar a postura adotada pelo volante Éderson, que entrou com uma ação trabalhista na Justiça, no início do ano, em função dos atrasos salariais. Carlos caracterizou a ação como “imoral”, diante do momento vivido pela Raposa.
E qual o motivo da crítica, quatro meses depois da saída do jogador? É que o Corinthians, atual clube de Éderson, também passa por dificuldades financeiras e, nessa segunda-feira, completou o terceiro mês de atraso salarial. O débito do clube paulista com o volante, no entanto, é de dois meses, segundo apurou o GloboEsporte.com. A Lei Pelé dá direito à rescisão unilateral do contrato em caso de inadimplência igual ou superior a 90 dias. Diante deste cenário, Carlos Ferreira diz esperar que Éderson faça com o Corinthians o mesmo que fez com o Cruzeiro:
“Será que fará o mesmo que fez com o Cruzeiro? Diziam que era um direito dele, tudo bem, mas diante das circunstâncias achei imoral o que ele fez, que exerça seu direito também no Corinthians”
Será que fará o mesmo que fez com o Cruzeiro?
Diziam que era um direito dele, tudo bem, mas diante das circunstâncias achei imoral o que ele fez, que exerça seu direito também no Corinthians. https://twitter.com/iron_fall/status/1270143630674722818 …Iron Luiz@Iron_fallDa série “as voltas que o mundo dá”: Ederson entrou na Justiça para sair do @Cruzeiro devido aos salários atrasados e, quatro meses depois, se depara com a mesma situação no Corinthians, que completou três meses de atraso. Situação complicada.
Em contato com a reportagem, César Godoy, agente de Éderson, diz entender o lado de Carlos, que tenta defender o Cruzeiro com unhas e dentes, na condição de torcedor e também de ex-funcionário (veja a íntegra no fim da matéria). O agente, no entanto, ressalta que não houve imoralidade por parte do jogador, que fez acordo para rescindir o vínculo e retirar ação contra o clube.
“A decisão, naquele momento, foi tomada em prol do crescimento profissional do atleta, em momento algum querendo prejudicar o Cruzeiro, tanto que a ação foi retirada, abrimos mãos de todos os direitos e ainda indenizamos o Cruzeiro. Não vi imoralidade nisso tudo, até porque foi tudo de comum acordo”
Éderson chegou ao Cruzeiro em 2018, emprestado pelo Desportivo Brasil-SP, ainda para defender o time sub-20. No mesmo ano, foi usado por Mano Menezes no profissional, mas em 2019 é que se firmou na equipe, sendo adquirido em definitivo terminando a temporada como um dos destaques, mesmo com o rebaixamento.
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Éderson durante treino do Cruzeiro, em seis de janeiro — Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro
Visto como uma das principais peças na reconstrução do time em 2020, surpreendeu com a ação judicial, impetrada na Justiça do Trabalho no início de janeiro. Em fevereiro, fez um acordo com o Cruzeiro, rescindiu contrato e acertou por cinco anos com o Corinthians.
O posicionamento de César Godoy, agente de Éderson
O Carlos é uma pessoa excelente, um cara do bem, cruzeirense, e defende com unhas e dentes a instituição pela qual presta serviços! E prefiro entender o lado dele!! Por um outro lado, Ederson é um garoto sensacional, muito honesto e justo com tudo que faz! Quem o conhece sabe o que estou falando!
A decisão naquele momento foi tomada em prol do crescimento profissional do atleta, em momento algum querendo prejudicar o Cruzeiro, tanto que a ação foi retirada, abrimos mãos de todos os direitos e ainda indenizamos o Cruzeiro!! Não vi imoralidade nisso tudo, até porque foi tudo de comum acordo!!
Que fique bem claro que problema não foi criado pelo Carlos e sim pela gestão anterior, que não pagou o Desportivo Brasil, não nos pagou pela intermediação e principalmente atrasaram quase 5 meses de salários!! Respeito muito a instituição CEC e torço grandemente para que esse clube volte a ser o que sempre foi!! O futebol Brasileiro se sente amputado quando se vê um gigante como CEC chegar ao ponto que chegou!!
Ge
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