Europa: 22 corpos de imigrantes clandestinos são encontrados pelo MSF
Cerca de 240 mil refugiados chegaram ao continente Europeu pelo Mar Mediterrâneo até julho deste ano; mais de 2,5 mil morreram na travessia
O navio Acquarius da ONG Médico Sem Fronteiras (MSF) encontrou 22 corpos de imigrantes em barcos clandestinos que tentavam realizar a travessia entre a costa da Líbia e a Itália nesta quinta-feira (21).
A onda de imigração na Europa perdeu a evidência no mundo, mas seus reflexos continuam a ser encontrados. Outra embarcação com 628 pessoas que lograram a travessia do mesmo percurso foi encontrada em Pozzallo, na Sicília, também nesta quinta-feira (28). Os imigrantes foram resgatados de embarcações precárias por uma embarcação do MSF.
Rota Mortal
O Canal da Sicília é um reduto de embarcações ilegais. Diversas entidades de ajuda humanitária e de governos europeus mantêm equipes de resgate na região. Além de salvar os imigrantes, autoridades fazem uma força-tarefa no local que busca prender prováveis traficantes de seres humanos. Esses coiotes tiram proveito do desespero dos refugiados para lucrarem.
Com o aumento de segurança e o fechamento de diversas rotas imigratórias na Grécia, a Itália voltou a ser o destino primordial para estrangeiros que buscam uma nova vida na Europa.
De acordo dados da Organização Internacional para Migrações (OIM), cerca de 240 mil imigrantes chegaram ao continente Europeu pelo Mar Mediterrâneo até o dia 18 de julho deste ano. Quase três mil imigrantes perderam a vida ou desapareceram nessas travessias.
Desses, 79,8 mil conseguiram chegar à Itália e 2,5 mil morreram nas travessias do Canal da Sicília, considerada a rota marítima “mais mortal do mundo”. Outros 159 mil foram à Grécia, com 383 mortes no período.
Origem da Crise
Muito civis fogem de conflitos armados, terrorismo e guerras civis, como é o caso de refugiados sírios e iraquianos. Ambos os países lutam contra a invasão da facção terrorista Estado Islâmico.
Essa onda de imigração é uma das causas da crescente xenofobia na Europa. Enquanto líderes europeus buscam soluções para acolher os refugiados, alguns cidadões desses países se dizem “prejudicados” com a possível diminuição na oferta de emprego e a preconceituosa associação desses imigrantes ao terrorismo.
Fonte: IG / *Com informações do Estadão Conteúdo